segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Don Det - Don Daeng

A viagem ia ser uma repeticao mas em sentido contrario. Don Daeng e outra ilha mas que fica em frente a Champassac, ja perto de pakse onde espero apanhar o aviao para banguecoque (com as recentes confusoes so posso dizer espero). Tudo parecia bem, tinha chuvido um dia e o tempo estava bom e o unico problema era a falta de musica (sem lectrecidade nao deu para carregar). Sabia que tinha pela frente 120 km mas que a estrada era boa. A estrada continuava boa, mas o vento nao parou o caminho todo, sempre contra, o vento no sentido norte sul e eu sul norte. Foi mais uma vez duro, mas sabia que tinha um fim e tinha um objectivo, passar os 2000 km. Ja vou em 2100 ! AInda cedo cheguei ao porto onde estavam os barcos para champassac, mas estava cansado. A media na bicla tinha sido boa (19,5 km/h) mas foi sempre a custa de um grande esforco porque o vento nunca parou. Perguntei por um barco para Don Daeng e disseram-me para ir paraoutro porto mais pequeno a 50 metros. Voltei a perguntar varias veze se pouco depois estava num barco. Sabia que Don Daeng seria a ilha mais basica apenas com um hotel caro (100 dolors por noite) e uma community guest house, uma casa comunitaria para turistas. Sabia que qd chegasse tinha que ir para norte e para o outro lado da ilha. Fui ter a um porto pequeno e pus-me a caminho, para norte. Andei andei e nada. Ninguem falava ingles, o dia estava a terminar, e para alem dos 120 ja tinha feito quase mais 20, fazendo 140...queria descansar e um banho. A unica pessoa com quem consegui comunicar (arranjei um livro com umas frases em lao para mostrar nestas situacoes) apenas dizia para voltar para traz. So depois percebi, se em vez de virar para norte tivesse virado para sul, percebia que estava em champassac que ja conhecia e nao em Don Daeng!! Tinha muitas guest houses e retaurantes e nao precisava de ter feito os ultimos 20 km, mas a verdade e que ir por aquele caminho foi das melhores coisas que fiz, era mesmo muito bonito. Asseguir foi banho comer e dormir, ate ao dia seguinte. O dia seguinte ainda tinha mais vento. Tanto que depois de mandar o meu primeiro mail, a ilha ficou sem energia electrica (acho que caiu um poste) e eu sem net. Consegui um barco para Don Daeng. Chegue-se a uma praia de areia banca, areia fina que com o vento me deixou cheio de po. Depois de empurrar a bicicleta cheguei a estrada que procurava no dia anterior ate a primeira aldeia. Depois foi tentar arranjar alguem que coseguisse falar qq coisa de ingles ate que apareceu o responsavel pela casa comunitaria. Era mesmo basica, colchao no chao, lencol, cobertor que fica frio e mosquiteiro. Casa de banho la fora e uma estrutura de madeira para as refeicoes. Tinha dois quartos grandes, um para homens e outro para mulheres. Eu era o unico. Alias ao passear pela ilha ( a bicicleta e m,esmo muito util) parecia mesmo que era o primeiro. A ilha era mesmo bonita, tudo funcionava, ou parecia. As casas eram em madeira, mas grandes, com jardins, com flores, animais apenas de estimacao bem cuidados, hortas familiares, criancas a brincar, escola a funcionar com centenas de alunos a sair ao fim do dia de uniforme e bicicleta, as raparigas com guarda chuva colorido a protejer do sal, templos em todas as aldeias e algumas motas. Aqui naos ha carros apenas poucas motas, a estrada tem um metro de largura nos locais mais largos. A ilha tem 8 por 6 km. E outro paraiso perdido, a meio dia de bangkok, de vientiena, perto do cambodja e do vietnam. (Conheci um frances em champassac que tinha alugado uma casa e ia para la morar, trabalhava via net e a mulher ia abrir uma casa de massagens...fiquei com uma certa inveja...). Estava apenas eu, quando voltei a "casa" estava cheio de roupas ocidentais a secar e o "meu quarto" tinha mais 3 camas. Pouco depois encontrei um ocidental caminhar. Parei para conversar e ele era americano e um pouco estranho por isso segui caminho. As seis estava combinado jantar e as seia eu estava la. Pouco depois chegou um grupo grande, um casal de australianos, umcasal de irlandeses muito simpatico, e 4 raparigas, 2 austriacas simpaticas e 2 belgas muito muito simpaticas. Vinham a fazer canoagem desde pakse com dois guias claro e no dia seguinte iam a champassac e ficavam ali a dormir. Como faziam aprte de uma actividade organizada tinham para alem da comida tambem cerveja ja paga. Era tudo boa gente menos o americano. Ninguem conseguia estabelecer um dialogo com a criatura e ele era mesmo mal educado ate ter ficado todo o jantar sem dizer uma palavra levantar-se e ir dormir sem dizer nada, que e sempre estranho qd se esta onde se estava: numa casa de madeira, numa praia numa ilha no mekong, com as unicas pessoas com quem podia comunicar e as unicas pessoas que estavam por la, mas tudo bem. E claro que o resto ficou ate mais tarde, na conversa a brindar com os guias, a espera que os guias fossem dormir para atacar a grade das cervejas, a rir e contar historias. Eu fui o ultimo a ir deitar. O pessoal deve ter feito muito barulho porque qd so estava eu vejo o americano irritadisimno no restaurante, sozinho a barafustar....foi dormir para o templo...qd soube disso tive uma vontade de rir...bem historias que infelizmente estao a acabar.

Don Det

Don Det

Don Det e uma ilha perdida no mekong do sul do Laos, a 10 km da fronteira com o Cambodja. Ainda agora a ilha e autossuficiente apesar de ser 10x6 km. Tem uma estrada em terra batida onde pode passar um tractor e este e as motas sao os unicos veiculos motorizados. Junto ao rio ficam as pequenas aldeias e o interior sao campos de arroz. A vida nao podia ser mais pacata, principalmente depois da colheita do arroz. Os animais estao em toda a parte e nao sei se combinaram mas nasceram todos ao mesmo tempo, caes, gatos, vacas, bufalos, galinhas, porcos e ate macacos recem nascidos por toda a ilha. As criancas brincam com os cachorrinhos como se fossem brinquedos, andam com eles ao colo, as costas, pegam so por uma pata, ate banho lhes dao no rio. Passei 5 dias aqui. O meu bangalow tinha uma varanda e uma cama de rede e ficava em cima do rio. O quarto era uma cama e um mosquiteiro. As casa de banho ficavam do outro lado do caminho e o chuveiro durante 5 dias foi o rio. Mais basico ao podia ser, o preco era barato tambem e acaba por dar a ideia que nao e preciso dinheiro e desnecessario ali, pode-se ficar por muito tempo e isso da uma boa sensacao de liberdade. O cafe da manha era tomado por volta das seis e meia na varanda, o primeiro cafe, sempre na companhia de algum animal que aparecia, ou um gato branco e preto, ou um cao muito simpatico mas quase sem pelo de tanto se cocar por causa das pulgas, ou alguma galinha e um dia ate um bufalo apareceu a espreitar, nao ha nada melhor para cortar a erva do quintal... O centro da vila e agitado para o local mas acaba por ser bom para o turista, tem restaurantes onde se come bem, tem internet basica (demasiado basica), pode-se trocar dinheirto, umas agencias de viagens e o porto onde param os barcos. A electricidade funciona das 18 as 21 horas quase todos os dias....O resto da ilha esta perdida no tempo. E claro que se pode ir ver golfinhos no mekong, pode-se ir ver uma grande queda de agua no rio que marca a fronteira com o cambodja, mas o melhor mesmo e nao fazer nada para alem de dormir, comer e ler um bom livro. Don Det e daqueles sitios em que se esta muito bem a ver o rio, o templo em frente, os barcos a passar, os pescadores, por vezes turistas em viagens organizadas (que ao ver pessoas numa casa local desatam a tirar fotografias ate repararem que eu nao sou propriamente uma atracao turistica, eu respondo sabadi e riu-me), e a rotina do banho...tudo se passa no rio. Vivi como qualquer habitante da ilha por cinco dias na companhia do Unai, o espanhol com quem fiz a viagem ate don det. Fiquei no total 5 noites, foi o local onde fiquei mais noites. Fiquei a conhecer toda a familia (os hoteis sao todos muito familiares, no fundo e uma familia que constroi uns bangalows o terreno), a mulher que fazia a maior parte do trabalho e falava ingles, o marido, os irmaos e irmas, os filhos e a mae. A avo da familia qd me ia despedir, depois de pagar, agarrou-se a mim deu-me um abraco e dizia para nao ir, dizia nao devia ir, ou estava mesmo triste ou fingia bem, parecia quase que chorava, antes de me ir foi buscar uma pulseira para por no meu pulso para me dar boa sorte.

sábado, 22 de novembro de 2008

Pakse - Champasak

Pelo guia eram 50 km. Tudo aqui fica ao longo da estrada por isso ia sem prestar atencao ao mapa, a pensar qd me estiver a aproximar vej melhor. 50 km num dia nao e muito, e bastante acessivel por isso parti tarde e sem preocupacoes...qd ja tinha feito 50 km comecei a ver melhor o mapa.... bem nem podem imaginar o erro...tinha de ter virado no km 30 e ja ia no 54...tinha de voltar a fazer o caminho quase todo no sentido inverso...o que deveria ser apenas 50 km transformou-se em 90!!! muito diferente em cima de uma bicla!
Champasak fica numa ilha no sul do laos, uma ilha no mekong. A maior atracao saoos templos, principalmente um grande complexo da altura dos kmers, ou seja da mesma epoca dos tempos de angkor vat e em tudo semelhante. Nao tem a imponencia de angkor mas mesmo assim e muito bonito e interessante e valeu a pena ter ido la. era suposto ficar so um dia, mas como no primeiro cheguei demasiado tarde decidi ficar dois dias para ver o templo com calma. O resto do dia foi passado a ler com um sumo de fruta na mao (varios sumos de fruta) e um bom livro - Tres Chavenas de Cha - Muito muito bom, mas com um problema. O livro foi comprado aqui em segunda mao, em ingles (depois de dois meses ja penso em ingles e tudo por isso sem problema) mas alem de nas ultimas paginas ter uns comentarios idiotas feitos por alguem, esse mesmo idiota arrancou as duas ultimas paginas do Livro!!!!
No dia seguinte, voltei a encontrar alguns turistas conhecidos, um casal de alemaes antes do pequeno almoco que me disseram que o anui estava por la e que estava a ver se me encontrava para fazer-mos a viagem ate as ilhas juntos. Perfeito pensei, vou variar do Ipod. La o encontrei e partimos ainda eram oito. O inicio foi muito bom para mim, estou em forma e ele notou isso hehe e eu como ando sempre sozinho nao noto, ele como tem andado com mais gente notou...isso fez-me sentir mesmo muito bem. Pelo caminho encontramos um grande grupo de cicloturistas numa viagem organizada, ingleses e mesmo assim simpaticos :) e sem querer iamos, iamos nao, provocamos um acidente, eu perguntei se ele queria parar para beber, ele travaou ligeiramente, a mulher que ia ao lado dele travou a fundo e derrapou mas aguentou-se, mas o ciclista que ia atras dela albarroou-a completamente, espalharam-se na estrada mas sem problema...mas haviam de ver estavamos numa aldeia, e o pessoal ao ver um falang a cair desatou a rir, riu-se a aldeia como uns perdidos...O restodo caminho eu ja me sentia mais cansado e fomos ao mesmo ritmo, mas sempre rapido, media de 22 km/h o que significa com as paragens e alturas que temos de abrandar por algum motivo que iamos sempre acima de 25km/h muito bom mesmo. O almoco foi dos melhores. Km sem ver ninguem e derrepente um barraco, decidi parar e estavam 3 turistas, dois americanos e um espanhol que tinham pedido boleia e estavam a almocar com o pessoal que lhes tinha dado boleia. Eram do Laos mas com dinheiro e um bom carro, tinham um filho a estudar nos estados unidos na mesma terra do americano...coincidencias...o espanhol era de vigo e chamava-se carlos...o almoco foi de borla, carne, arroz, e cerveja e depois de cheios...estavamos esfomeados patimos novamente. A viagem custou, foi outra vez 120 km...(ja estou em 1900 e qq coisa) mas compensou...cheguei ao paraiso...ou perto disso, mas cheguei apenas ontem e ainda sao nove da manha pelo que ainda nao deu para ter uma ideia muito certa. Estou em Don Det, uma das ilhas do mekong, na zona conhecida por 4000 ilhas. O meu quarto custa 1,2 euros, e e apenas uma cama e um mosquiteiro, mas tem varanda e cama de rede. Fica em cima do rio que e onde tomo banho. Em frente, do outro lado um templo no meio de coqueiros...acho que descobri outro dos paraisos, que vou conhecendo enquanto viajo e vou ficar aqui uns dias...depois se vera.

Cara conceicao ha algumas coisas importantes trazer para o Laos. Primeiro alguma paciencia e um sorriso, resolve quase tudo. E imprescindivel ter uma lanterna, medicacao basica como anti inflamatorio, analgesico, desinfectante, medicacao para enjoos, e claro profilaxia contra a malaria. Quem usar lentes de contacto tb nao as vai encontrar aqui (mas encontra em BKK mais baratas).Toalha tb e preciso porque alguns locais so tem acomodacao muito basica e pode faltar e or isso saco cama tambem. uma mulher tem de trazer tudo o que precisa que aqui nao ha muitas disponibilidade. Sitios imprescindiveis depende do objectivo. Tribos e no norte, Em Luang Nan Tha e principalmente na terra que eu referi numa das mensagens. Culturalmente o High Light e Luang Prabang, nao so do laos como do sudueste asiatico. A capital e agradavel mas nao fabulosa. Para relaxar nada melhor que onde estou, don det e veng vieng no norte. O resto e descobrir.
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW

Tat Lo - Pakse

De volta ao Blogue :)

Da ultima vez que escrevi estava em Tat Lo...foi um dos sitios mais agradaveis onde estive. O dia da partida comecou cedo, eram 7 horas e ja estava em cima da bicla a pedalar pelo planalto do sul do laos. Ainda nao tinha decido onde ia, ou continuar pelo planalto ou voltar a pakse. Decidi continuar no planalto e se chegasse muito cedo a vila que queria pensava se continuava ou nao. O caminho foi muito engracado. Depois dos primeiros 10 km entrei por uma "estrada" de terra batida...mais uma vez a subir. Nao passava ninguem, mas tive encontros fabulosos...a priemira pessoa que encontrei foi um cacador com uma daquelas espingardas do seculo passado, mas do principio do seculo...fartou-se de rir qd me viu a transpirar numa interminavel subida como retaliacao tirei-lhe uma foto em que ele fez questao de se arranjar primeiro, endireitar a roupa e ficou maravilhado por se ver no visor da maquina...:)...o segundo encontro ainda foi mais bizarro...2 casais de holandeses, todos com mais de 65 anos, a descer mesma estrada de bicicleta....uma das bicicletas era daquelas tandem, com dois lugares...fiquei com uma certa inveja...estivemos um bocado a conversa e eles seguiram e eu tambem...o terceiro encontro foi uma mulher sozinha no meio do nada, com uma crianca pela mao, e a dar de mamar a um bebe e com duas grandes flores em cada mao...tentei tirar uma foto depois de lhe pedir, mas nao ficou grande coisa como foto, vale pelo momento. O terceiro encontro foi numa aldeia, com um grupo de mulheres a fumar de um cachimbo de agua feito em bamboo, foi girissimo, chamaram-me tirei fotos, experimentei a coisa e elas tiram-me fotos a mim...alias todoas as fotos que tenho minhas foram tiradas por "locais" depois de insistir que pegassem na maquina e nao tivessem medo...adoram tirar fotos e acabam por comecar a tirar uns aos outros...o quarto encontro numa estrada de 20 km foi numa escola onde estavam a jogar futebol e claro, qd souberam que era do pais do ronaldo e do figo tive que ir dar uns chutos na bola e marcar uns penaltis ... em grande estilo diga-se...:)...quando a estrada de terra terminou, terminou tb a parte mais engracada da viagem..a paisagem continuava bonita, cafe muito cafe, mas a estrada tb continuava a subir. O almoco foi op habitual nestas paragens...bananas, uns bolos chineses fora de prazo, cafe com leite e o que se pode arranjar...sempre que paro sou rodeado de miudos, e as vezes nao tao miudos fascinados com a bicicleta, a maquina e com o meu ar diferente deles, apesar de por estas bandas serem bem mais frequentes os falangs. A estrada era boa e raidamente cheguei a paksong. Depois de tantas subidas consigo andar muito depressa em piso plano, acima de 30 km/h habitualmente o que me faz sentir bem. Cheguei a Pksong, capital do cafe da zona, mas com pouco mais que cafe. Ainda era cedo. Sabia que para pakse tinha de ser a descer depois de tanta subida no sentido inverso e fiz-me a estrada. Estava embrenhado na musica que saia do Ipod, nos pensamentos bons e nem por isso e o que queria mesmo era fazer como numa musica " eu quero e correr mundo, correr perigo.." e continuei...parei mais uma vez numa das mais famosas quedas de agua do laos, mas como vos digo para mim quedas de agua nao passam de agua a cair e nao lhes acho muita piada, apesar de reconhecer que era bonita. Depois da queda de agua de comer e de tomar uma malga de cafe fresco meti o turdo e la fui eu ate Pakse, sempre sempre a descer, passando das plantacoes de cafe para de cha e depois para as ja habituais bananeiras e frutos tropicais...chegeui a Pakse as 4 horas depois de outra etapa de 120 km. No fim sentia-me bem, parei no meu restaurante indiano para uma nan de alho (delicia, que coisa boa..) duas chamussas e uma beer Lao como nao podia deixar de ser. Tentei o hotel da ultima vez mas so tinham quartos caros...estava cheio disse o dono. Qd ia a sair o empregado chegou-se a mim e disse-me...a uns ingleses que saem as oito da noite, se esperares ate la arranjo-te o quarto para hoje, mas nao digas ao patrao, ele vai ja sair. Nao podia recusar...:) fui a net por umas fotos e levantar dinheiro. Qd estava no multibanco reparei num turista sorridente a olhar para a bicla, mas nao liguei muito. Qd sai veio falar comigo entusiasticamente, como so os espanhois sabem. E o Anui, de Bilbaso. basco com orgulho que tambem anda a viajar de bicla. Qd soube que era portugues..." somos irmanos hombre!" juntou-se o estar-mos os dois de bicla com o sermos ibericos e ficou logo combinado jantar. com0 nao podia deixar de ser! As coincidencias nao acabaram, eu cheguei a BKK dia 7 de Out. Ele chegou dia 6. Comecei a pedalar em chiang mai, ele tambem. O trajecto foi quase o mesmo, e ambos estavamos a caminho do sul. Durante o jantar e ate hoje esta sempre a tentar-me convencer a ir ter com ele e pequim em Maio para fazermos a travessia da asia com tenda ate casa ... ja esteve mais longe de conseguir.....:)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pakse - Tat Lot

Como sempre parti tarde...:)
Acordei as 6 e depois de um banho delicioso (qd coisas banais como um bom chuveiro desaparecem, qd as reencontramos parecem dezenas de vezes melhores...) estive a terminar de arranjar os alforges, as mochilas, os sacos e tomar o pequeno almoco ao local habitual...:) sou uma pessoa de habitos...so duram e poucos dias...Pakse fica junto ao mekong, e uma cidade simpatica e uma boa introducao ao sul do Laos. Aqui as pessoas vivem melhor, ha mais variedade, as ruas sao limpas e amplas o que torna a cidade simples e agradavel...o fim de tarde foi sempre passado em frente ao rio, a ver o por do sol na companhia de um bom livro e de uma beer lao :) apenas a ver a vida passar. O restourante foi sempre o mesmo...um indiano delicioso, com nan optimas simples ou de queijo, lassis melhores que na india...o jantar anterior tinha sido na companhia da monique, uma holandesa que fui encontrando desde o norte do laos mas que nao devo voltar a encontrar, e o jantar foi uma mistura de lentilhas, pedacos de frango vermelhos ou verdes de uma cor tao intensa que eram quase fluorescentes...o que ate deu jeito dado a pouca luz :) souberam maravilhosamente.
Depois do cafe da manha foi voltar ao hotel, lavar os dentes e partir...ainda nao tinha decidido bem para onde mas decidi ir para o planalto do sul...ao pensar em planalto pensei tb em montanhas e subidas.... mas la me pus a caminho, passava das oito horas. No inicio foi muito facil...as pessoas no sul sao mais descontraidas, masmo nas pequenas aldeias...as criancas nao se escondem atras das portas e nao tem receio de se aproximar de um falengue, mais pessoas falam ingles, ha mais guest houses, mais restaurantes, mais escolas. A primeira paragem foi para beber e comprar bananas para a viagem, ja tinha feito quase 30 km e ate essa altura a estrada era boa e mais ou menos plana...depois comecou a subir mas sem ser de uma forma excessiva, ia subindo. Segunda paragem foi numa queda de agua, que estava dentro de uma resort tailandesa, e tinha restaurante, bangalows, e ate uma aldeia tipo zoologico com umas casas com pessoas a fingir que estavam a viver a sua vida do dia a dia...tecer o dia todo ou tocar instrumentos...um bocado deprimente...o restaurante ate tinha bom aspecto mas estavam tt turistas tailandeses que ao fim de 10 minutos sem ser atendido fui-me embora...
O resto da viagem foi mais dificil, sempre a subir mas foi-se fazendo, como tinha o tempo controlado fui pedalando devagar, parando para tirar fotos, parei num lago para descansar e acabei a ajudar um agricultor a carregar a corroca com palha...de borla!! :) e uma vaca decidiu provar os alforges da bicicleta, mas gracas a deus (nesta parte do mundo, gracas a buda) nao gostou muito! As aldeias pareciam felizes, muitas criancas, chili a secar, vegetais a vender...Os tractores na estrada vem carregados de pessoas, nas subidas vao mais depressa, mas em plano ou nas descidas vou eu mais depressa e qd ultrapasso um cheio de gente e uma risota geral...numa das subidas tive que agarrar um foi girissimo, alem que facil fazer a subida :), nao era facil era segurar o tractor com uma mao, o guiadro com outra e tentar ir respondendo aos sorrisos com sorrisos e algumas palavras de ingles...where are you from ? Portugal! Portuguese! Por tu gal ! Portugeee (so assim e que eles la chegam...) e claro mal percebem...foootball very good portugee! euro, ronaldo, figo, deco :)
Ao longo das estrada dos dois lados nos ultimos 30-40 km era rodeada de flores grandes e amarelas, entre margaridas e gigantes e girassois, cafe, muito cafe ainda em flor.
Depois de muitas horas a pedalar, ha uma altura de cansaco, mas tb ha uma altura que vamos buscar forcas nao sei onde e decidi que ia bater o record de velocidade no laos, apanhei uma descida e atingi a vertiginosa velocidade 60 km/h sem que nada saltasse da bicicleta...por fim cheguei a uma aldeia e vi uma seta meio escondida a dizer -tat lot waterfall- tinha chegado, pensei ir ver primeiro a queda de agua porque pensava que a aldeia era aquilo, mas nao, depois de uns dois km numa estrada de terra de repente apareceu uma queda de agua lindissima, e eu nao aprecio grande coisa quedas de agua...nao lhes acho muita piada e so agua a cair...e depois a aldeia, sem alcatrao, sem carros, sem barulho, casas em madeira, o fumo a sair pelos telhados, o rio, pessoas a apanhar marisco e peixe no rio, o banho do fim do dia e tinha chegado, 92 km depois.
O dia seguinta estava programado para outra viagem...mas preferi ficar por aqui...tirar umas fotos e agora depois de copiar isto do meu caderninho, e altura de um banho no rio!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Veng Vieng - Vientiane

Depois de escrever durante duas horas e ter perdido tudo o que escrevi, estar a espera de conseguir por uma foto nova mas ainda nem sequer consegui copiar as fotos para o computador, ganhei coragem para recomecar...
 
Veng Vieng, foi o sitio ideal para descansar da montanha. Fica num vale, junto a um rio atravessado por inumeras pontes de bamboo e rodeada de montanhas. Fica na rota Vientiane- Luang Prabang e como fica num, lugar bonito acabou por ser um sitio de paragem, principalmente pelos backpackers. Agora ja nao e bem Laos, e uma aldeia turistica, num sitio muito bonito mas com muito pouco de Laos. A grande atracao de Veng Vieng e o Tubbing, ou seja enfiarmo-nos numa camara de ar de camiao e descer o rio...e ha dezenas de turistas que vem da tailandia ao laos apenas para isto...mas continua a ser bonito e tem boa comida, guest houses simpaticas e a bom preco e cafes especializados em fazer passar o tempo...cada um passa uma serie ou um tipo de filme, um passa family guy o dia todo, outro simpsons, outro friends, outro filme de accao, outro filmes mais serios, comedias.....para todos os gostos...bem depois da roupa lavada, ja descansado e alimentado era altura de partir. 200 km plano era 100 para cada lado, mas acabou por ser diferente, 120/80, e ja la vao 1395 km. A viagem foi sem problemas. A primeira paragem do primeiro dia foi para comprar melancia na berma da estrada, que demorou 1/2 hora a ser escolhida. Qd viram que eu ia comer ali a melancia, decidiram cortar em cubos a melancia para por num saco de plastico, qd viram que era um bocado palida cortaram mais uma e fiquei com duas melancias ensacadas....comecei logo a comer aye sentir umas picadas nas pernas...estava sentado em cima de um ninho de formigas e foi uma seca, estava cheio de formigas...recomecei a pedalar com um saco de melancia pendorado e a sacudir as formigas...despachar a melancia foi facil, metade para mim metade para uns miudos que ficaram radiantes, ja as formigas as vezes ainda penso que tenho algumas...Bem la arranjei um sitio bem bom para dormir e com restaurante. Uma maravilh,a mesmo, tenho ficado nestes ultimos dias em sitios bons...para as minhas espectativas...qd acordei..outra vez pneu em baixo! seca! Alguma coisa tinha que estar mal....3 furos seguidos, semelhantes em 4 dias qd nao tinha tido nenhum naquele pneu....depois de muito procurar la encontrei um vidro espetado, que devia entrar mais qd recebia alguma pancada de um pedra ou terreno mais acidentado...ainda por cima o pneu ficou um bocado danificado...mas acabou por ser roda, pneu, camara de ar, procurar furo, lixa, cola, secar, fazer pressao, roda, pneu, camara de ar e estava pronto para seguir novamente. Ainda andei a procura de uns budas que nao encontrei e pus-me a caminho de Vientiane. Cheguei cedo, a tempo de pequena refeicao antes de procurar guest house. Fiquei mesmo no centro virado para um dos principais Wat, num quarto com varanda e tudo. A  primeira coisa que a dona me perguntou era se tinha vindo para ver a festa/celebracao que estava a acontecer e que ia durar ate ao dia seguinte, no Wat principal. Foi so tempo de tomar banho e mudar de roupa e ja estava em cima da bicicleta a procura do wat principal. Estavam milhares de pessoas, era um misto de feira e de festa religiosa, se se estav perto do templo ea uma festa relegiosa com milhares de pessoas em volta da stupa (estou a por algumas fotos hehe), vim depois do sol se por para comer bem e dormir. Acordei e depois de uma tentativa frustrada para escrever na net (esta e a terceira...) fui outra vez ao Wat principal e decidi tomar um cafe num cafe mesmo, so servia cafe, pedi um expresso. Passado umbocado chegou uma pessoa de bicicleta, que tambem anda a viajar, depois de eu ficar a olhar para a bicicleta dele e ela para a minha tomamos um cafe. E o Sylvestre, Polaco, anda a viajar ha um ano e 3 meses, esta e a quarta viajem de bicicleta de longa distancia. E padeiro, trabalha sem parar uns dois anos e depois vai viajar...bem tomamos 3 cafes seguidos poruqe estavamos os dois com saudades de um bom cafe...combinamos, pensei eu encontrarmo-nos para jantar pensei eu. Eu fui tratar do visto, que foi facil, tentar mais uma vez net sem sucesso, almocar e dar uma volta. Vientiane apesar de capital tem assim o transito da Regua, ou do Marco, tudo corre devagar, nao ha engarrafamentos, poucos carros e ao contrario da imagem que eu tinha parece-me uma cidade bem mais bonita, arranjada, limpa, com edificios antigos moderadamente arranjados, muitos templos, muitos turistas tambem mas agradavel. Ao fim da tarde voltei ao Wat principal e fiquei ate depois de cair noite...estava muito bom para tirar umas fotos...cheguei tarde ao meu encontro mas ele estava na net. Primeiro fomos beber uma cerveja, mas eu pensei que ele nao tinha jantado tal como eu, mas depois percebi que nao que ele pretendia comer e fomos andando eu a pensar que ia a procura de restaurante e ele a caminho do wat principal....a meio do caminho confirmei a mochila e nao encontrei uma das carteiras, a com mais dinheiro e tinha pouco na outra...nem dava para um jantar....ainda por cima ele quis beber outro cafe e eu acompanhei claro, qd voltei e me apercebi que sempre tinha a carteira ja era quase uma da manha e estava tudo fechado, ate a minha guest house...tive que bater a porta...bem valeu pelas fotos, passei uma fome...ainda por cima com fome e depois do cafe mal consegui dormir....hoje tb foi dia de "trabalho" organizar vida nos ultimos dias, tentei arranjar aviao mas tenho que desmontar bicla que e uma seca, autocarro nao ha amanha mas hoje, decidido estava...parto dentro de duas horas com destino a Pakse de autocarro, sao 650 km ...ia demorar 5 ou seis dias e o tempo esta a ficar curto...tem de ser, mas tb vai ser bem reexperimentar autocarro, ja andei de bicicleta claro, tuk tuk, mota taxi, barco e agora autocarro. 
Ate Pakse

sábado, 8 de novembro de 2008

A viagem. Luang Prabang - ?

Luang Prabang da vontade de ficar. Esta-se bem por la. Boa comida, cafes simpaticos virados para o Mekong. Por volta das 6 da manha, com o nascer do dia, centenas de monges com as suas tunicas laranjas, percorrem as ruas e recebem as oferendas do dia, arroz e vegetais e por vezes tb dinheiro. No dia anterior ao jantar ja tinha decidido nao ir a Veng Vieng, e descer mais perto da fronteira com a Tailandia, numa zona pouco explorada e onde ainda sao utilizados elefantes em trabalho e existem elefantes selvagens. Primeiro tinha de apanhar um barco e depois pedalar 25 km ate Hongsa. Ai havia uma Guest House e poderiam arranjar caminhada ate acampamento de elefantes. Depois seriam 95 Km de uma estrada ate a capital da provincia - Xayaboury, depois mais 100 km ate outra terrinha e apanhava um barco ate a capital. Ja tinha o bilhete do barco e tudo, mas comecei a pensar...ia partir as nove e apesar de no guia dizer meio dia de viagem, na bilheteira disseram 8 horas, ou seja ja ia chegar tarde para depois fazer mais 25 km, depois a estrada ate a capital da provincia era descrita como tao ma que na altura seca demorava 6 a 10 horas de autocarro que sao autenticos todo terreno, e se chovesse podia ficar intransitavel varios dias...eu nao tinha tenda e pelo mapa seria impossivel ficar pelo caminho, sem infrastruturas. Decidi ir para Veng Vieng, em 12 horas mudei varias vezes de ideias mas depois estava decidido. Ja parti tarde com tantas mudancas de planos...mas tinham-me dito duas coisas, muito bonito e muito dificil....Os primeiros 8 km foram normais, mas depois comecou tudo ao mesmo tempo, vento, chuva e subida, nevoeiro...foi assim quase o caminho todo ate a primeira terra. O Objectivo era Phou Khoun ficava a 130 km de Luang Prabang, esse era o sitio que eu tinha a certeza que tinha Guest House. Mas era sempre a subir, sempre a subir. A subida e frustrante. E lenta, muito cansativa, vai-se sempre em esforco, pouco abaixo limite, qd uma perna sobe baixa a outra..., o truque e estabelecer metas. depois daquela curva, e daquela, e depois de passar aquele poste, dirigi-se a atencao para outras coisas, para o conforto ou desconforto do assento, para as mudancas, para os pneus, para a paisagem, para a musica, para os pensamentos, tudo serve para distrair do cansaco e vai-se andando andando...o suor escorre por todo o corpo, desde o dedo grande do pe ate aos cabelos, mistura-se com a chuva e volta e meia cai no olhos e arde o que tb nao ajuda...compara-se o que se conseguia subir com o que se consegue..."fogo ja levo quase tres horas sem parar...antes nem 10 minutos..." e volta e meia sabaadee...As aldeias ou sao os vales junto aos rios, ou sao no cimo, no extremo cimo das montanhas, de tal maneira que chega-se habitualmente a subir e parte-se a descer destas aldeias...tb sabemos qd as vemos ao longe que vamos passar por la...As pessoas estavam abrigadas, diziam sabadee de dentro das casas, riam-se qd passava...la vai um maluquinho dum "falengue". Ate as 4 e meia foi sempre a subir e quase sempre chuva. No fim do Km 80 ainda me faltava muito ate Phou Khoun...Tinha chegado a Kio kachan. Era uma paragem frequente dos autocarros que fazem Veng Vieng - Luang Prabang. Tinha baguetes, restaurante com menu em ingles, uma mulher que falava ingles e guest house. Estava com forca para continuar, mas encgarcado e cansado e nao pensei duas vezes, fiquei. O quarto era, digamos, simples. Uma cama e lencois e cobertor. Janela sempre fechada e pouco espaco para andar a volta da cama. Chegava-se aos quartos depois de se atravessar a zona das baguetes e das saladas de fruta, depois a zona do restaurante, cozinha segui um corredor e ao fundo os quartos. Sem duvida usar o saco cama ia ser obrigatorio, mas nao por causa do frio....a casa de banho era tipica, buraco no chao, balde grande e balde pequeno. O balde grande neste caso tinha sido substituido por um pequeno tanque onde a agua era armazenada..bem eu nao sei de onde vinha a agua, se directamente do rio mas era preta! foi completamente impossivel tomar banha...pensei, olha tomei banho de chuva e era mais ou menos verdade. A comida nao era ma e deitei-me cedo e aterrei logo...acordei com a chuva e com a incrivel sensacao, apesar do quarto de estar extremamente confortavel. La fora chovia muito. Fiquei uma hora a ouvir a chuva e depois levantei-me. As 8 depois de comer sai, novamente debaixo de chuva. Recomecei com subida o que e sempre demoralizante, mas pensava sempre que nao podia ser sempre a subir. Luang Prabang fica a 700 m de altura em relacao ao nivel do mar. Kio Kachan fica a 2300 m de altura. Era a altura maxima marcada no mapa. Continuei a subir mas pouco depois descia e depois subia e depois descia. Fiz 60 km nesse dia e cheguei a Phou Khoun outra vez debaixo de muita chuva. Podia ter continuado, mas pelo mapa teria de fazer mais 50 km. Esse dia foi muito lento, parei imensas vezes. Visitei um mosteiro no cimo de um monte com 4 monges e uns trabalhadores. A paz foi interrompida por um dos trabalahadores que falava ingles e veio praticar comigo - nome, pais, idade, profissao, casado ou solteiro, filhos, donde venho e para onde vou....acabei no entanto a almocar com eles no chao do templo arroz sticky e a beber agua fervida. A agua e servida e e facil perceber porque, deve ser apanhada no rio e no fundo do copo fica sempre um deposito de terra....fiquei uma hora a ver a chuva cair. Ia parando para beber qd podia, mas a maioria das aldeias eram muito basicas, ficavam assustados qd me viam. Aldeias de montanha. Malaguetas a secar, arroz, animais a passar, galinhas atravessam a estrada sempre na ultima, nao sei como nao morrem mais, caes que olham para nos desconfiados mas que nos deixam em paz ( dica importante, se passarmos os 30 km hora os caes desistem), mulheres com turbantes na cabeca feitos com tudo o que tiverem e criancas com cestos de lenha as costas ou legumes, cacadores passam com espingardas muito antigas e fisgas potentes, alguns com arpoes artesanais feitos de elasticos apanham peixes nos rios, muitas criancas que na subida correm ao lado da bicicleta e vao sempre dizendo sabadee ( vou arranjar um cartaz e por na bicicleta). A paisagem era sempre muito bonita, se bem que as vezes debaixo de chuva. A guest house de Phou Khoun era bem pior. Saco cama obrigatorio. O quarto tinha tantas borboletas que nao da para imaginar. Do lado de fora do quarto, estava uma tao grande que pensei que fosse um morcego. Eu estava no quarto 2, no quarto um ficava o dono. Nao perdeu tempo em mostrar-me os elevadissimos decibeis que as colunas que tinha no quarto podiam alcancar....A casa de banho era melhor, o chuveiro funcionava e tinha agua quente. O agua quente e sempre igual na asia, e agua morna, uma resistencia aquece a agua, se o volume de agua for muito apenas aquece muito ligeiramente, se for pequeno ate aquece. Mas este era diferente, num espaco de 1 minuto a agua ia de gelada a escaldar a gelada, foi um banho intermintente com um chuveiro temperamental. Nesta o balde grande tambem era um tanque, mas maior um bocadinho, a agua era limpa, mas tinha uma coisa nunca antes vista. Pecas de mota dentro de agua e peixes! Vivos claro a nadar pelo meio das pecas..... Jantei uma sopa de massa com legumes e carne e depois recolhi ao meio das borboletas...a entrada do hotel dezenas de pessoas jogavam cartas e tinham musica muito alta, mas adormeci na mesma...Acordei cedo, o dia anterior tinha sido medio em esforco, mas qd acordei tinha um problema - pneu em baixo...e chovia!!! bem fui ate um cafe abrigado, pedi um cafe (vem sempre tb um cha a acompanhar :) )e comecei a desmontar a bicicleta, tira-se os travoes, tira-se a roda, tira-se o pneu, a camara de ar, localiza-se o furo, poe-se o remendo, sentei-me em cima do remendo e volta-se a montar tudo. Eu estava sempre a espera de ter um furo, as estradas sao pessimas! cheias de buracos e pedras com arestas afiadas. a paisagem era cada vez mais bonita. Parti outra vez a subir e com chuva. Fui pedalando devagar por causa da estrada, rapidamente estava a descer, e fui andando e parando. De repente, no meio ds montanhas, um rio, uma piscina natural enorme, com dezenas de criancas a tomar banho, sol, e 5 bangalows e dois restaurantes. Os bangalows eram impec, limpissimos, todos em madeira, com varandinha ao sol, com ventoinha e ar condicionado, lencois brancos, casa de banho limpa, com vista para a piscina natural e montanhas. Dois restaurantes e o que tinha entrado tinha as coisas tipicas mas variedade. Um deles, onde eu tomei todas as refeicoes era em parte assente sobre um pequeno laga, com 25 por 8 metros, mas repleto de peixes nao muito grandes mas do tamanho de uma mao aberta e o dono com uma cana de bamboo, um anzol e pao, fartava-se de pescar!! nem sai do restaurante, bastava deixar cair a linha na agua sentado a mesa. So tinha feito 20 km estava fresco mas era tao bonito que fiquei...tomei banho no rio, sequei ao sol, comi beme dormi bem. O 4 dia de vaijem ainda foi melhor, paisagem era muito muito bonita, aldeias muito simpaticas e sempre a descer sempre a descer. A estrada era pessima, e depois de parar num restaurante que vendia toda a especie de animais a porta, desde apanhados na floresta, a ratos, passaros, insectos, caudas e focinhos de porco, de beber uma coca cola e esperar que chuva acabasse mais um contra tempo! outro furo e outra vez no pneu da frente...faltavam 20 km....seca...mas fui enchendo e andando 5 km, enchia e mais 5 e assim cheguei a Veng Vieng. Pelo meio fiz o Km 1000! qd estva a passar por um posto de controlo da policia e tive 5 minutos a explicar ao guarda como e que se tirava fotos coma minha maquina. No Total fiz 238 Km, 80 no primeiro dia, 50 no segundo dia, 20 no 3 dia e 91 no ultimo dia. Media de 14 km/h..., vel max 58 km/h, No total de Km desde inicio 1184 km.
Agora estou instalado noutro bangalow impec, virado para o rio, com varandinha, furo ja arranjado!

domingo, 2 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW

Muang Ngoi Neua

Acordei cedo em Nong Khiaw. O acordar carrega sempre a mesma rotina...As 4 e 30 comecam as galinhas com um conserto ensurdecedor em todos os lugares por onde tenho passado. As 5:30 comecam as primeiras vozes, os motores dos barcos e de algumas motas. As 6 a primeira luz tenue entra no quarto e 6 : 30 levanto-me. Raramente me deito depois das nove, excepto qd encontro algum viajante conhecido, o que tem acontecido com cada vez mais frequencia. O Amanhecer no rio estava lindissimo. Como era cedo era o unico turista acordado e fartei-me de tirar fotos da ponte ao amanhcer. O pequeno almoco foi reforcado com varios itens do menu - sumo de fruta, baguete (heranca dos franceses), salada de fruta com iogurte e muesli, ainda panqueca e por fim um expresso de nome, mas o cafe cai muito bem. Depis de refeito fui tentar arranjar o suporte, mas parecia impossivel. Um dos parafusos tinha-se partido e estava dentro da rosca, sem que eu o conseguisse retirar. Tinha hora e meia para apanhar o barco para Muang Ngoi Neua. Fui a unica ofina da aldeia e logo pararam todos os trabalhos. Qd viram o meu problema riram-se mas nao desistiram...Depois de muito martelar tiveram uma ideia brilhante, soldaram um tubo de metal ao que restava do parafuso, depois de arrefecer foi so desenroscar e agarrado veio a ponta do parafuso! depois foi so ir a loja em frente arranjar um parafuso ade1quado, montar e no fim ainda me olearam a corrente EStava salvo e ainda tinha mais de meia hora para apanhar o barco, e tudo por 2,5 euros...agredeci e eles riram-se com orgulho por me terem desenrascado e la parti para o barco. A primeira fase foi o descer as escadas carregado, com sacos pendurados por todos os lados e ainda a bicicleta num braco. Foi colocada no tejadilho e eu fui-me certificar que estava bem amarrada. Metade do barco era composta por Turistas. Muitos ricos e que vinham de Luang Prabang em mini vans com ar condicionado e guia local, vinham ter a sua experiencia do "verdadeiro" Laos. A maioria era francesa e tinham uma idade consideravel, por volta dos 70 anos e nao deixava de ser engracado encontrar tanta gente depois de algum tempo com pouco contacto com turistas. A minha frente ia uma velhinha com rugas, muitas rugas, olhar cansado e um sorriso sempre que se virava para mim. Tinha um olho vendado e ia ao lado dela uma alema de 1,9 metros, loura e olhos muito azuis e bonita em frente dela e ao meu lado o namorado. A velhinha agarrou-se ao braco dela e nunca mais o largou e eu ela e o namorado fomos a conversar grande parte da viagem. Ja os tinha encontrdo noutra terra, na rota de algumas terrinhas do norte do Laos. Foi pela segunda ou terceira vez que me perguntaram se era eu O Portugues que andava a fazer o nortedo Laos de bicicleta! Foi a confirmacao que ja tinha ganho uma certa reputacao e o respeito da maioria dos turista. Consideram-me um turista aparte, diferente e essa sensacao e boa...tantos os turistas como os locais. Nunca ninguem encontrou mais nenhum portugues ate agora nem fiquei em guest houses onde tivesse entrado um luso pela memoria dos donosBem com a bicileta no tejadilho, alforges arrumados e barco cheios cumprndo o preceito local-cabe sempre mais alguem, mais uma galinha, um cao, um porco, saco de arroz...la partimos a subior o Nam Ou. Com o peso o barco andava devagar eu ia tirando a paisagem e a velhinha a minha frente para alegri de todos os locais, que se riam e espreitavam pelo visor e acabavam a pedir fotos dos filhos e familiares e sorriam com orgulho qd eram escolhidos pela objectiva. A paisagem desenrolava-se calmamente com montanhas muito altas e estreitas, como frande pedregulhos cobertos de vegetacao densa e arvores enormes, ou paredes lisas e escarpadas. O Nam Ou tb e conhecido pelos seus rapidos, principalmente mais acima, e nesta altura vai cheio e calmo, mas ainda tivemos que contornar alguns...num deles com o peso e o esforco de ir contra corrente o motor pifou. Ficamos a deriva em aguas agitadas mas rapidamente chegamos a guas calmas. O capitao conseguiu compor a a avaria depois de meia hora mas decidiu que os turistas por seguranca iam passar o rapido a pe...deixou-nos numa praia de areia que me queimava os pes e tive que me calcar, depois fi caminhar uma meia hora pela prias depois rochas e depois lama, floresta e escarpas pouco ingremes...as velhinhas francesas que vinham comigo ficaram aflitas. Mais uma vez fui o unico turista que foi ajudar alguem, situacao que ja nao e nova, ja me tinha acontecido na tanzania e noutros lugares, situacao que contrasta imenso qd se esta no meio dos locais que ajudam todos sempre que podem principalmente os mais velhos. Ficaram muito agradecidas e nao paravam de o que era um jovem tres gentille...de rir. Voltamos ao barco. Ao meu lado estava um jovem, o Khandi, que ficava numa aldeia perto do meu destno e falava ingles porque estudava em Luang Prabang e estava a comecar as ferias. Era Khamu e vivia numa aldeia Khamu. Convidou-me para ir a aldeia e conhecer a familia. Combinamos para o dia seguinte, as oito ele vinha-me buscar ao porto. O resto da viagem ate Muang Ngoi Neua foi tranquila. Comecei por ver uma escada branca que descia ate ao rio e era o porto. como a maioria das aldeias do Laos esta era uma rua que corre ao longo do rio. Nesta a maioria das casas tinha tambem restaurante e muitas na parte de traz bangalows virados para o rio. Depois de retirar a bicicleta mais uma escadaria para vencer todo carregado e mal cheguei ao cimo apareceu uma mulher a perguntar se queria quarto com river view, claro que disse que sim e la fui pelo meio de umas casas ate ao meu bangalow de madeira e banboo, com varanda virada para o rio e cama de rede, casa de banho com agua corrente, e ainda havia 2 mesas a fazer de restaurante em cima do rio. Preco 30 000 kipps, 2,5 euros...decidi aterrar e pus a bicicleta dentro do quarto, tomei um bom banho e fui conhecer a unica rua, parando em alguns restaurantes para beber um sumo aqui e comer uma panqueca ali, e acabei a ver o por do sol, deitado na minha cama de rede com um livro numa mao, uma beer lao na outra. Para o jantar nem sai dali e fiquei a ler enquanto havia luz electrica, ate as nove rodeado de uma nuvem de insectos que faziam com que a luz tremesse tal era a quantidade. Com o fim da luz electrica reparei surgiu em ceu repleto de estrelas como e raro ver e as sombras das montanhas, o ria corria silencioso e os ruidos da floresta estavam por todo o lado.
O dia seguinte comecou como habitual, galinhas, barcos, pessoas, levantar. Pequeno almoco tomado passeio pela aldeia e as oito la estava o meu amigo Khiang a minha espera para irmos a aldeia dele. Fomos os dois rio abaixo, no barco do tio, meia hora depois chegavamos. A aldeia era muito limpa e arrumada, nao tinha lixo, nao havia metal, nem plastico, nao havia electricidade e havia uma fonte comum para toda a gente. Os animais como em todo o Laos vivem numa harmonia surpreendente, caes, gatos, galinhas, porcos, patos, vacas, bufalos, todos sem conflito. Fomos primeiro a casa do tio que nao estava, depois a casa dele que tambem estava vazia, todos tinham partdo para trabalhar nos campos e so voltariam ao fim do dia...disse logo que ia ter de ficar a dormir la, e que iamos fazer uma grande festa....fique a pensar que nao tinha avisado no hotel e que nao tinha nada comigo....acabamos por ir ver a escola onde decorria uma aula cheia de miudos e mesmo nao querendo incomodar fui "obrigado a tirar umas fotos". Depois da escola fomos a casa de um amigo. Como todas as casas do Laos era construida sobre estacas, as paredes eram de bamboo e o tecto tambem. Por entre os espacos de no bamboo entrelacado passa ar e raios de luz que principalmente qd misturados com o fumo cria um ambiente muito engracado. A casa so tem uma divisao, os utensilios sao encaixados entre as tiras de bamboo nas paredes, o fogo faz-se de um lado onde se monta a "cozinha" e do outro os colchoes enrolados durante o dia. Muitas vezes tem moveis com muitas parteleiras mas ao contrario dos nossos nao acentam no chao mas estao suspensos do tecto, e tem parteleiras presas com tiras de bamboo, moveis conforme a necessidade do que se tiver a guardar, esta tinha um pequeno berco, pois o amigo vivia com a sua jovem mulher , uma filha de uns 12 anos e um bebe com 15 dias! Foram buscar a sempre presente para os convidados garrafa de Lao Lao (aguardante de arroz) com a qual brindavamos e a mulher comecou a preparar-nos petiscos com o que havia, arroz, feijao verde cozido, amendoins cozidos, molhos, vegetais fritos. A medida que a amanha passava e brindavamos com Lao Lao ia aparecendo mais gente que apenas se sentavam e comecam a fazer perguntas e comer. Sempre primeiro os homens e so depois as mulheres e criancas. Conhecendo ja o efeito da Lao Lao comecei a aldrabar e deixava o copo quase sempre intacto, ate que consegui que fossem comprar coca cola e a coisa melhorou um pouco...mesmo assim depois de muito comer e muitas fotos tiradas, foi altura de ir dormir a sesta....depois da sesta altura do banho...Toda a gente toma banho ao fim do dia no laos, seja na aldeia mais recondita seja na cidade o fim do dia e a altura do banho...muito diferente das nossas aldeias....o costume era o banho pelo natal...nem quero imaginar o que eles pensariam se soubessem disso. Toda a aldeia se juntou para me ver tmar banho e riam-se ou sorriam, perguntei porque ele disse-me que era por eu ter muitos pelos no peito nas pernas (o que nao e verdade, para o nosso standard pelo menos) mas ali ninguem tem e todos achavam que eu era aparentemente muito bonito...de rir. Bem banho tomado foi esperar pelo jantar, entretando consegui negociar a vinda ate a aldeia onde estava depois do jantar qd fosse hora de dormir. Ao fim do dia chegou toda a familia e matou-se uma galinha para o jantar. Consegui escapar a maioria dos copos de Lao Lao antes da refeicao. Antes de iniciarmos a comer o homem mais velho comecou a fazer uma prece qualquer enquanto todos punhamos as maos em cima da uma mesa. No fim todas as pessos agarraram num fio de linho tecido pela mulher do dono e davam um no e depois enrolavam-me no pulso, todas as pessoas enrolavam um em cada pulso para me dar sorte na viagem.
Come-se sentado no chao. Homens de um lado mulheres e criancas depois e noutro lado da casa. Uma travessa grande e redonda acenta num banco e serve de mesa. Nela estao sempre vairos pratos com varias coisas, varios legumes cozinhados de maneiras diferentes. Ao lado das travessas de comida feitas de madeira, costuma estar sempre uma colher que serve para se comer com ela e beber o cldo dos legumes, as colheres sao comunitarias e passam-se de pessoa em pessoa. O arroz vem em cestos de vime e retira-se com as maos, amassa-se e molha-se os molhos dos legumes, como e sticky agarra tambem a gordura da comida que temos nas maos pelo que nunca as sentimos com gordura. Demora horas a cozer nesses mesmos cestos a vapor e depois e mais ou menos prensado. O prato principal era a galinha que me era passada para a mao sempre que eu nao tinha um bocado...tentava deixar sempre para as criancas e mulheres mas pouco mais sobrou que ossos e cartilagens e alguma carne agarrada. Apos a refeicao as pessoas de fora da casa comecaram a dirigir-se para sua casa e era altura de eu partir. Fomos eu o Khandi e o tio. O rio estva calmo e a noite escura, o ceu no entanto estava lindissimo. Navegavamos junto a margem com ajuda de lanternas. Qd na aldeia coloquei a lanterna tipo "mineiro" na cabeca foi um riso geral, principalmente depois de verem que dava muitos tipos de luz. As arvores tem raizes que mergulham na agua e com as luzes pruzem sombras sempre em movimento, parecendo fantasmas. Os morcegos sobrevoavam e os ruidos da floresta chegavam entre o barulho do rio e do barco. Apos umas curvas viam-se ao longe as luzes de Ngoi Neua e depois de pararmos quiseram ir ver o meu quarto e a minha bicicleta, ficaram espantados com o quarto e cama, e qd viram o GPS perguntaram o que era...para simplficar disse que era telemovel que nao funcionava no laos. Nessa noite havia mais turistas no hotel e ainda no "restaurante" decidi completar o meu jantar com uma baguete e um cha e para meu espanto eram ja "velhos conhecidos" a Gabrielle, belga e o Amaurie frances. Temo-nos enconstrado varias vezes desde que entrei no laos inclusive logo na fronteira e fizemos logo uma festa, nao queriam acreditrar como e que eu vindo de bicicleta apesr de rota diferente tinha chegado la ainda antes de eles. No dia seguinte decidimos fazer um percurso pelas aldeias vizinhas em busca de uma queda de agua mas nao tinhamos tempo de ir e voltar no mesmo dia. Acabamos por ir ver uma caverna sem grande interesse, e uma queda de agua minuscula...mas passamos por aldeias muito bonitas, campos de arroz e acabamos a subir um rio pelo meio da agua a procura de outra suposta queda de agua nunca encontrada. Depois foi hora de voltar e chegar a tempo de ver o por do sol e beber uma Lao Beer para comemorar um dia bem passado e tomar o banho do dia. No dia seguinte decidi partir, apanhei um barco ate Nong Khiaw e depois outro so com tres turistas ate durante 5 horas ate Luang Prabang. foi uma sorte, esses barcos so vao de houver gente suficiente, de bicla ia demorar dois dias, pois a estrada nao acompanhava o rio. Mas como eramos muitos tiveram que dividir mas a maneira do laos, 10 turistas num barco e 4 noutro...eu ia no com outros 3 turistas o que foi uma maravilha...ate espaco para me esticar a dormir tinha...a paisagem era lindissima, entre escarpas e montanhas iamos passando por aldeias e acenando e dizendo sabaidee as criancas que brincavam nuas no rio e que corriam ao longo do rio enquanto nos acenavam...Pouco depois estava em Luang Prabang e sabe muito bem voltar a civilizacao ja conhecida e reconhecida em ruas e ruelas cheias de templos de um lado o mekong do outro com um afluente do mekong, os monges passeiam no meio dos turistas e o mercado nocturno e fabuloso. Vai ser altura de comer, fazer compras e preparar-me para proximas pedaladas. Conheci outro viajante de bicicleta mas que vinha desde a Austria!! ha 8 meses de bicicleta...a empatia com pessoas que andam a viajar como nos e imediata mas fiquei com inveja da aventura dele e comecei logo a ficar com ideias para uma proxima viagem!!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Udonxai a Nong Khiaw

Hiiiii... tanto que tenho para contar....vou contar por partes sabendo que muito vai ficar por dizer..ja passaram uns dias...
Bem a a viajem ate Nong Khiaw.....foi de rir, mas muito dura...fiz 130 km, e os primeiros 60 foram terriveis...sempre sempre a subir, mas a subir a serio, demorei 7 horas e meia sem cima da bicicleta, nao contando com as paragens que foram 3 ou 4...tinha de ser
O da comecou mal...em vez de seguir o mapa que custumo usar logo desde o inicio comecei pelo mapa do guia, e segui a estrada errada...o que sgnificou 5 km para cada lado, o que de carro nao e nada mas de bicicleta sao 10, que se custam pouco no incio custa muito no fim do dia...Apos os primeiros 30 km primeira paragem numa tasca ao pe da estrada para comer e beber o que havia..coca cola, agua e umas snacks chineses que nao sei descrever, algo entre as bolachas e batatas fritas...qd estava parado voltei a reencontrar uns ja conhecidos de viajem, um casal de ingleses de 60 anos que andam a viajar pelo mundo todo ja ha dois anos e meio de mota, numa bruta BMW...mais uma vez desejaram-me sorte e mais uma vez disseram que apesar de les de mota e eu de bicicleta que chegavamos sempre ao mesmo destino no mesmo dia...claro que nao no mesmo estado...mais uns KM e de repente qd passava por uma aldeia, nessa altura a toda a velocidade porque tinha finalmente apanhado a minha primeira descida qd, no meio do nada parecem uns 8 ciclistas, todos equipados, com dois carros de apoio, mais dois guias de bicleta, que andavam a fazer uma vigem de cicloturismo...claro que nao tinham partido de onde eu comecei,mas iam para a mesma terra, e claro que iam leves, nao carregavam nada com eles...O guia tailandes era impecavel, uma simpatia, o pessoal do grupo eram daqueles maniacos do desporto, que em vez de irem a ver a paisagem iam a competir entre eles...mesmo assim dado a idade de alguns (se nao era 60 pelo menso de uma mulher pareca mais, fiquei impressionado mas contente por ainda ter muitos anos a pedalar pela frente) eu ia sempre a frente, eles apanhavam-me qd eu parava para tirar fotos, mas foi uma sorte...o guia deu-me comida, bebida, almocei com eles, era mesmo impecavel, estava super curioso com a minha viagem e com a minha biccleta que nao parava de gabar, depois percebi, ele quer fazer o mesmo que eu, mas por todo sudueste asiatico...mas ele tinha uma pedalada...fazia aquela viagem todas as semanas...
A descida foi demais...30 km sempre a descer a grande velocidade o que foi um erro...tive uns desarranjos no sistema de suporte da bagajem mas ja arranjados...claro que depois desse ja tive outro tb ja arranjado...hehe..ainda vou virar mecanico de bicicletas
Acabei por ser ultrapassado nos ultimos km antes de chegar a Nong Khiaw, enquanto estava a tirar mais umas fotos...e pouco depois tive o tal problema no suporte...parti um parafuso de sustentacao mas ja resolvi esse problema....acabei por chegar com o cair da noite...no primeiro restaurante comi a minha dose dupla...pela primeira vez no laos cheguei a uma terra com muitos turistas...a proximidade de luang prabang ja se fazia sentir...

Nong Khiaw e uma aldeia muito bonita, n margem do rio Nam Ou, as paisagem e fantastica...como cheguei tarde os hoteis low budjet estavam todos cheios...enquanto recebia outra nega veio ter comigo uma rapariga local perguntar se estava a procura de quarto...levou-me a guest house da familia...bem era mesmo mesmo basica....para nao dizer pior..mas serviu...o destino nao era Nong Khiaw, era Muang Ngoi Neua...mas os barcos so partem durante a manha...ia para uma aldeia que so tem acesso de barco...bem essa parte conto amanha...mas foi a melhor...voltei a ter contacto com uma tribo, beber aguardente de arroz, viagem de barco durante a noite, ficar num bangalow em cima do rio com uma varanda e uma cama de rede..:) fica para amanha

domingo, 26 de outubro de 2008

Udomxai

Udomxai e apenas uma terra de passagem, obrigatoria devido a distancia. O destino e Muang Ngoi Neua, onde vou chegar de barco depois de passar por Nong Khiaw.
Muang Ngoi Neua e descrito como uma aldeia idilica numa peninsula do rio Nam Ou, flanqueda por montanhas magestosas ..nao diz muito mais..e por isso e que vou ate la...e fora do roteiro turistico, ja de si escasso do laos...deve ficar la uns dois dias se as espectativas forem recompensadas. De la volto para Nong Khiaw e apanho outro barco para Luang Prabang, uma das cidades mais bonitas que conheco onde devo voltar a ter net, e rapida e onde vou poder comer boa comida e ter uma boa cama...Mas ainda vou ter que pedalar...De Udonxai ate Nong Khiaw sao 90 km...e hoje bati o meu record pessoal, desede luang nan tha fiz 120 km, estive 7 horas a pedalar e fiz tres paragens pelo meio duas de 10 minutos para reabastecer de liquidos e bananas (unica comida encontrada) e uma para mais prolongada mas so para beber. No total ate agora ja fiz 800 km e muitos mais estao para vir...:)
Agora e hora de comer e dormir um bom sono que amanha volto a pedalar....

sábado, 25 de outubro de 2008

Luang Nan Tha - Muang Sing - Luang Nan Tha

Depois de um dia a descansar em Luang Nan Tha, decidi mudar o plano e partir para o extremo norte do Laos, junto a fronteira com a China - Muang Sing. O Objectivo era poder ver novamente mais tribus remotas e fazer outra caminhada pelas montanhas....
Parti cedo, depois da chuvada habitual da manha. Como eram so 60 km ia descansado, tinha tempo de sobra e devia chegar ainda para o almoco. Ate agora as estradas tem sido impecaveis, tanto na Tailandia como no Laos, mas mal entrei na estrada para Muang Sing as coisas mudaram...nada que um Portugues nao esteja habituado, mas mesmo assim...ou passava por zonas lunares de tantas crateras, ou zonas de lama....mas o piso nao foi o pior, apesar de perder tempo...dos 60 Km 40 eram constantemente a subir...quem conhece a IP4, abe que depois de atravessar o rio ovelha encontramos uma subida, e aparece uma placa a dizer inclinicao de 6%...aqui tambem tinha placa...10%...
Mas o pior ainda estava para vir...comecou a chover...primeiro pouco...depois a monsao...a chuva era tanta que nao conseguia ver mais de 20 metros...estava longe de ambas as cidades, sem abrigos...alias esta foi a primeira viajem onde nao encontrei frequentemente barraquinhas a vender gasolina em garrafas ( o habito de ver estas coisas faz-me esquecer o tao piturescas que sao), nao havia aldeias perto, apenas selva selva, montes e montes, sempre a subir...fiquei completamente encharcado...mas como raramente estive...o diluviu abateu-se de uma maneira...e nao tinha outra coisa a fazer que seguir em frente...(devia ter comprado um impermeavel...)Depois do km 40 comecou a descer, estava na outra encosta da montanha e a chuva parou...o primeiro restaurante que encontrei apenas tinha bebidas frias, snaks chieneses de camarao (so pelo desenho e que se podia chegar la, porque sabia terrivelmente) e uma empregada que ficou aterrorizada qd me viu por nao saber o q fazer....la bebi duas cocacolas para recuperar energia e parti novamente, agoa com outro animo, parecia que as subidas tinham teminado e tinha parado de chover, mesmo assim estava encharcado, como temos de ter sempre pensamento positivo [ensei que tinha pelo menos a roupa parcialemte lavada, principalmente os calcoes que estavam imundos de lama, ficaram como novos, e as sapatilhas recuperaram a sua cor original.
Depois de uma curva apertada, campos de arroz a perder de vista, tinha chegado ao planalto de Muang Sing, o sol que eu ja tinha perdido a esperanca de ver voltou a aparecer e em poucos minutos estava seco, como se nada tivesse ocorrido...Acabei por chegar e ainda a tempo do almoco, la comi dose dupla para recuperar forcas e fui procurar onde ficar a dormir.
O Objectivo era chegar as tribus, mas no dia seguinte continuava a chover sem parar...e tive juizo...enfiar-me na lama ate aos joelhos nao e coisa que me agrade muito...desisti...e o dia foi ok, foi andar descansado pelo meracado, tirar umas fotos ao pessoal que passava e aos campos de arroz e aos trabalhos nos campos de arroz e acabou por ser engracado..as pessoas das montenhas descem volta e meia a cidade para comprarem algumas coisas e venderem os seus produtos, pelo que acaba por ser engracado estar sentado a beber um cha, ler um livro ao fim de tarde e ver desfilar a minha frente uma quantidade de pessoas de varias tribus diferentes, muitas delas ainda usam as roupas tradicionais o que da um colorido muito interessante, a paisagem ja de si bonita...No fim do dia reparei que o pneu de tras estava vazio!! Bem la tive que por um remendo na camara de ar e fazer revisao ao pneu...tinha qq coisa espetada, muito pequena, que nao se via so se sentia com o dedo, e ainda bem que descobri, pois sempre que remendasse ou colocasse camara de ar nova teria outro furo....
O dia de hoje foi o de volta...e foram 40 km a descer :) e sem chuva :) pneu ok:) e preparar o dia de amanha...pelo caminho tive um encontro engracado...uma rapariga a fazer o mesmo que eu! ia o inicio da subida e ja estava com um ar acabado...nem deu quase para falar, ela nao queria perder o ritmo (como eu a compreendo..)e eu nao queria perder o embalo :)

No total nestes dias fiz 150 km, 60 para cada lado, mais uns 30 de passeio, ja passeio o km 650 (estou sem o conta km comigo) e continuo OK.

PS - o mais divertido do Blog e ler os comentarios :)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vieng Phoukha

Terminda a Gibbon experience e parti de bicicleta em direcao a Luang Nan Tha...nese dia ja tinha andado meio dia pela floresta e ja estava cansado e sabia que nao ia dar para chegar pelas montanhas, a distancia era de 120 km e pelas montanhas e a subir...mas tambem sabia que podia ficar em Vieng Phoukha, quer era so a 55 km e fazer o resto no dia seguinte...cheguei la pelas 4 da tarde e fui para a melhor guest house da zona (2,5 euros noite) la tomei o meio banho de balde, procurei roedores e nao encontrei, nem insectos rastejantes...ja nao era mau...estava roto e fui comer...bem estou um perito em comer com pauzinhos e com as maos tambem qd e necessario mas estou um bocado farto de comer ao pequeno almoco, almoco jantar sopas com massa e pedacos e carne e vegetais, se bem que algumas ate seja, boas, mas consegui umas batatas fritas! Ole! e li o guia...se esta terra tinha guest house devia ser por alguma razao...e tinha...no fundo dizia...quem quizer ter uma experiencia genuina da vida das tribos, fora do roteiro turistico, passando por tribos que nao devem ter sido visitadas mais que duas 3 vezes nos ultimos anos, entao, apesar de remoto e de difcil acesso Vieng Phoukha e o melhor ponto de partida! ole...nem pensei duas vezes...pus-me a caminho claro...no dia seguinte fui ao posto de ecoturismo e nesse mesmo dia estava a partir com o meu guia para as tribos e selva...muita selva...e que selva...Atravessamos montanhas e rios, ou por pontes improvaveis como pelo leito do rio..do nada apareciam pequenos campos de arroz de montanha e primeira paragem a serio foi numa casinha (casa refere-se a umas taboas com tecto de colmo claro) e paramos para conversar com uns camponeses e comer pepino...bem o pepino estava a dar..e nao sao como os nossos apesar do sabor ser igual sao do tamanho de meloes, e comem-se como meloes...bem mais umas fotos e partimos..selva selva...rios rios...e primeira paragem divertida..tirar fotos a borboletas e tomar banho no rio...na aldeia nao se toma banho...claro...nao ha propriamente agua canalizada...depois foi...o recuar 500 anos...fiquei numa aldeia akha...quase toda a gente ainda usava as roupas tradicionais...caes, porcos, galinhas, vacas e pessoas em harmonia...uma civilizacao dentro de outra civivlizacao....os akha vieram do tibet no sec 17 e ficaram pelo norte do laos, sul da china, birmania e norte da tailandia, sao animistas e nao budistas e tem um conhecimento incrivel da floresta....bem foi demais...muito muito genuino...as criancas ora olhavam para mim, ou fugiam...os adultos tb, era o unico branco nas redondezas...para jantar matou-se uma galinha e a comida nao era ma...e bebeu-se aguardamente de arroz que diziam ter 70 graus...na casa ao lado um casamento! bem devo ser uma pessoa de sorte mesmo! mas nao pude participar nem ver...os espiritos da floresta podiam nao gostar...bem estes dois dias foram tao ricos em coisas novas que nao tenho tempo (nem paciencia) para contar tudo...a noite foi bao, tirando um pormenor...como e que uma pessoa faz quando precisa de fazer xixi...bem aguenta ate amanhecer! e amanhece cedo por la...o raio das galinhas eram as dezenas a cantar la para as 4 da manha, ate as 6....depois demais um pequeno almoco de sopa de massa tive sorte...o chefe da aldeia autorizou e la fui eu para a festa de casamento que dura varios dias...para alem da comida havia muita aguradente de arroz e nao demorou muito a estarmos todos a fazer bolas de arroz, sticky rice (quem quiser saber o que e este tipo de arroz pode ver na net...), e atirar uns aos outros com todo a forca...de rir, arroz a voar por todos os lados e tudo a rir e a beber...o resto conto qd chegar...
Depois hora de partir...e eu que nao acreditava que tinha 70 graus...bem nao me lembro de estar assim...eu e o guia choramos a rir pela selva e bem caimos varias vezes, mas caimos mesmo, uma vez por uma encosta, sorte e que a vegetacao e tanta que nao da para escorregar muito, tanto eu como ele acabamos por virar o barco...mas foi de rir aquela viagem ja nem me importava com as sanguessugas nem nada ainda choramos a rir de uma cobra por ser pequenina e nao meter medo a ninguem...acabamos a tirar sanguessugas e no fim da caminhada novo banho, e paramos junto de uns pecadores e fizemos churrasco ali no rio e bebemos mais aguradente de arroz! acabamos por chegar a Vieng Phoukha e consegui mais uma vez batatas fritas!! e dormi como uma pedra...literalmente cai para o lado...
As viagens de bicicleta conto amanha, vou ficar uns dois a tres dias em luang nan tha a descansar destes dias e a responder a mails :)
Estes 2 dias renderam 120 km, tendo feito ate agora 522 km no total, bicicleta impec

THE GIBBON EXPERIENCE

A nao perder....mas so para alguns....

Bem la parti para a tal gibbon experience sem saber muito bem o que era...primeiro assinei um papel digamos que era um consentimento informado como os que tantas vezes usamos, mas que literalmente dizia que se eu tivesse qq problema, morresse, acidentes, encontros com a animais nao era nada cm eles...bem la parti num grupo de 7, eu, o suico (ja me livrei dele hehe...) duas americanas, uma inglesa e dois canadianos (casal)....pus a minha bicla no cimo no tejadilho da pick up e la fomos, primeira paragem para comprar agua e deixar as coisas que nao iamos precisar, levamos so o essencial e la fomos...primeira hora foi de passeio pela selva e com selva digo selva mesmo...nao e o geres....arvores com mais de 100 metros de altura, impenetravel, insectos de todo o tamanho e feitio, cobras, lagartos, macacos, sanguessugas, mosquitos...bem selva. Fiquei logo contente ao reparar que estou em boa forma porque ninguem conseguia acompanhar o meu ritmo e do guia mas la fomos ate a priemira paragem...primeiro seguranca colocar o arnes..desculpem nao sei bem o termo..e mais 10 minutos de caminhada...e primeiro slide...bem...aquilo sim e adrenalina a correr pelas veias...temos um cabo ligado ao nosso corp e a um cabo de aco suspenso e nao vou exagerar, acredite quem quiser, suspenso a 100, 200, 300 metros de altura conforme local...o primeiro era para nos levar ate a nossa casa....
A casa conto ja como era...o slide...bem voei literalmente pela selva...deslocavamo-nos de slide de um ponto para o outro, a uma altua que nao da para descrever, a uma velocidade inimaginavel e com uma sensacao fantastica...e nao era um ou dois slides por dia era sempre a andar, andei km e km pela selva desta maneira...desde o nascer do dia ate ao fim do dia...os faceis eram aqueles em que se comecava da floresta...davamos uma corrida e lancavamo-nos e ok sem stress depois do primeiro ou segundo, mas aqueles em que partiamos de pontos de apoio nas arvores eram assustadores...e que as arvores nao eram propriamente macieiras ou mesmo castanheiros, nos partiamos de pontos a mais de 100 metros do solo, e estavamos em pe de umas tabuazinhas...e tinhamos que saltar literalmente para o vazio e confiar no equipamento...bem quem vier para estes lados nao tiver medo de alturas e for completamente louco tem de fazer isto! nao tem igual...depois das primeiras 3 viagens ficamos sozinhos com um mapa e sem guia instrutor nada, vamos para onde queremos....
No segundo dia decidimos para alem de fazer slide fazer uma caminhada ate uma queda de agua para um banho na selva ...nao podia ter sido pior ideia...o caminho estava infestado de sanguessugas...mas infestado mesmo...e pior...as minhas spatilhas sao altamente paa este tempo porque sao cheias de buraquinhos...do tamanho de uma sanguessuga! e elas deviam contar umas as outras...felismente tinha meias...apesar de estar sempre a tirar sanguessugas e quando digo sempre era sempre...qundo cheguei a queda de agua tinha cerca de 30 em cada pe...mas por fora das meias...gracas a deus...mas mesmo assim...na volta pior, muito pior...as meias nao aguentaram e e no calcanhar tinha umas 4 agarradas a chuparem-me o sangue...iaaaac ! coisa horrivel...e no outro pe a mesma coisa......foi u, alivio poder voltar a voar pela floresta...

A casa...:) a casa estava suspensa a 80 metros ! tinha 3 andares! um quarto em cima, uma sala no meio com banca e gaz, e espaco para duas camas gigantes e casa de banho em baixo...bem era de rir...pelo meio das tabuas via-se muito ao fundo o chao...mas o melhor era a casa de banho :) tinha chuveiro e tudo...a agua era capatada na floresta e ficava emm grandes reservatorios que alimentavam a casa, por isso havia sempre agua...
A sanita...tipo asiatico...ou seja buraco no chao e lugar para por os pes ..e pelo buraquinho as arvores...bem eu sei que isto e lido por toda a gente mas mesmo assim vou cantar...era hilariante..uma pessoa colocava-se em posicao, fazia o que tinha a fazer...e aguardava um, dois, tres segundos e splash no chao da floresta...mas demorava um tempo! no minimo unico...e o chuveiro...para a agua escoar mlhor as tabuas ainda eram mais fininhas e separadas...assustador...nunca consegui por la um pe sequer, tomei banho meio de de lado...fogo!
a comida era mesmo muito boa, nao estava a espera mas era..as noites passadas a beber cha....claro que como em qualquer pais nao totalmente civilizado, para alem da comida todos os dias tambem vinha um maco de cigarros para cada turista de rir...animais, principalmente os black gibbon e que nada, muitos turistaas viram porque escreveram no livor de hospedes (o livro era de rir) mas nos foi borboletas, sanguessugas, aranhas do tamanho da minha mao, formigas, cobras, passaros e milhares de insectos...a qualquer momento tinhamos um insecto pousado em nos...habitualmente um q eu nunca tinha visto antes..conseguimos evitar os ratos pondo toda a comida dentro de uma arca...pelas descricoes eram o animal mais frequentemente visto.

Huay Xai - Ultima noite

Bem desta vez tenho tata coisa para contar que tenho de devidir por varios capitulos.

A ultima noite em Huay Xai....
O dia nao prometa grade coisa (estas teclas estao tao perras que vao faltar muitas letras..)..tinha sido passado a jogar gamao com o suico e beber cerveja, o mais emocionante foi mesmo ler as vocas mensagens...a nos juntou-se um fances e um belga...tarde de ocio...
Chegou a noite e era dia de festa...festa das luzes...por todo o Laos milhares de pessoas poem milhares de barquinhos com velas e incenso a arder no mekong, milhares de pessoas foram ate Huay Xai, vindas das aldeias em volta, por os barquinhos pelos familiares falecidos no rio...uma coisa lindissima...milhares de pontos de luz a deslizar pelo rio, musica, muita musica, muita cerveja tambem, comida, dancas tradicionais na rua, muitas pessoas vestidas com a roupa tradicional e muito poucos turistas, poucos mais que o grupo de 4 ...apesar de ser noite e eu detestar usar flash foi tempo de fotos....(estou agora a tentar colocar as primeiras no meu site...fotos e videos sem sensura pelo que muitas sao repetitivas e muitas mas...)...foi mesmo uma coisa especial dificil de conseguir explicar .... tinha chegado ao laos...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

De Chiang Rai ate Huay Xai (Laos)

Cheguei ao primeiro destino no Laos e nota-se logo a diferenca na maneira como somos tratados...no lado tailandes indiferenca completa na fronteira, no lado do Laos fartaram-se de rir e brincar ao ver-me de bicicleta....

A viagem foi a mais agradavel de ate agora, sem grande subidas ( tb sem grandes descidas e verdade...) mas deixei as estradas grandes e fui pelo meio dos campos de arroz que ainda estao por colher...A escolha desta altura do ano para vir nao foi ao acaso...esta a acabar a estacao das chuvas e ainda nao comecou a epoca alta dos turistas...como os campos ainda tem agua o arroz ainda esta verdinho, por colher, (eles fazem um coisa engracada plantam o arrroz com semanas de intervalo, assim nao tem de colher tudo ao mesmo tempo e vao colhendo ao longo de um mes +/-). Fui passando por varias aldeias e a medida que me aproximava da fronteira eram mais pequenas, mais rusticas (estao uns americanos aqui ao meu lado que me estao a irritar, nao param de falar e so dizem estupidezes...). Fui sempre andando bem e tinha previsto 70 km por isso ia nas calmas. Parei pela primeira vez para comprar umas uvas que depois percebi vinham da china e beber uma cola e uma agua, a segunda paragem foi muito mais engracada. Estava eu a passar o Km 50 do conta Km qd reparei na primeira placa que apareceu com o nome da terra que queria, na fronteira, Chiang Khong (lado tailandes) e placa marcava 60 Km!! decidi que precisava de comer qq coisa...mas estava bem no meio do nada...passado um bocado encontrei uma casa, barraco, cabana..nem sei, eram umas estacas com um telhado de colmo e umas mulheres la dentro, a primeira coisa que reparei era q tinham bebidas o que ja nao era mau...e tb tinham comida ! e uma das mulheres falava ingles! A primeira coisa que perguntou era se queria comer a segunda foi se queria uma namorada tailandesa :) disse que sim as duas mas a namorada nao aparaceu...ia-me rir se aparecia mesmo alguem...ia ser bonito. A mulher disse-me que era dia de sorte, que havia carne de porco (primeiro perguntou se podia comer...esperta) e eu perguntei o que podia fazer...estava a espera de um arroz com porco frito, mas saiu uma sopa com massa vegetais e porco cozido....surprendentemente estava bem bom, ou pelo menos parecia......o dificil foi comer com dois pausinhos sopa com massa e carne! mas la consegui..tb provei a salda de manga (alem de manga tem n vegetais, molho muito muito chili - mulher disse que o chili sabe bem e faz transpiar a entrar e faz arder a sair...segundo ela alem de arder tb faz o que ela chamou efeito ventoinha, de rir, disse que ate me podia ser util a andar de bicicleta !! bem quase choramos a rir ali no meio daquele barraco rodeado de campos de arroz e montanhas) e ela a minha sopa..passado um bocado era ja comida comunitaria e fomos comendo, no fim uma toranja deliciosa e duas bananas...elas nao acreditavam q tinha vindo de bicicleta desde chiang rai, e nao acreditavam q chegava aqui hoje...acabei por ver as fotografias dos filhos dela e tentar explicar porque e que ainda nao tinha filhos....da proxima digo que tenho e estao com mae em casa que simplifica muito as coisas...
Depois de muito pedalar la cheguei..pelo meio fui ultrapassado por um autocarro com um suico com quem jantei ontem..ou melhor ele veio ter comigo ao mercado da noite e acabamos a conversar e a beber meia duzia de cervejas, meia duzia nao 4 que cada uma tem quase um litro! mas estava calor e a comida que era deliciosa era tb picante (fogo q mercado...ainda mais bonito que de chiang mai e com imensas coisas giras...mas pouco praticas de carregar de bicicleta, tirando o insenso que me acompanha sempre desde o inicio, este muito bom).

Bem depois de comer na fronteira atravessei o mekong! o mekong e um rio quase mitico por estes lados. nasce na china, passa um bocado pela birmania se nao me engano, tailandia, laos, vietnam e cambodja..e nesta zona tem o maior peixe de agua doce conhecido e isto nao e invencao, vende-se nos melhores restaurantes de BKK e da china, e o peixe gato gigante e qd atinge a maturidade pesa 300 kg e pesca-se tb a linha...alis na tailandia ate existem viagens organizadas para ver pescar e ir a pesca tb, nao dos deste tamanho mas mais pequeninos...30-40 kg +/-
No lado do laos estava (qd terminei o banho ja tinha acabado...) a acontecer uma coisa que ja conhecia mas nunca tinha visto, sao corridas de barco no meio do rio, sao barcos com 30 a 40 remadores a fazerem corridas ao logo da margem e por isso isto hoje e uma confusao (esta terrinha so tem uma rua.... e esta apinhada) e os barcos nao sao como as nossos...sao barcos que terminam com a cabeca de um dragao na parte e a cauda da retaguarda...
Bem ja contei muita coisa hoje...se nao fico sem nada para contar depois...
e verdade telemovel foi-se no laos, ate tailandia serve como despertador e para saber as horas por ai

Estatisticas do dia
5, 3 horas em cima da bicla - comprei uma protecao em silicone para o acento que me soube pela vida...a ultima viagem tinha sido dura
106 km percorridos
Vel media - 19,1 km/h
max 49,1
Km totais desde inicio 391

domingo, 12 de outubro de 2008

estatisticas do dia

90 km
media de 19 km hora
vl max 52,3 km/h

tempo na bicla 4 h e 48 min

Ate chiang rai

Esta viagem foi mais toleravel, muito mais alias. Tambem apanhei muitas subidas mas nada que se compare...alias so fiz 4 paragens
primeira para comer 4 laranjas e segunda para bebe cafe da manha...tudo isto ainda no inicio da pedalada...cafe gelado
...dentro de cada viagem ocorrem sempre muitas e especialmente nesta como o esforco fisico foi menor, a primeira coisa que me lembrei veio com o cafe gelado, aquilo nao era mais que a agua com cafe que a avo fazia em frazao e que eu e os meus irmaos e primos bebiamos, era ou agua com cafe ou limonada...com a agua com cafe brincavamos mais :) tenho a certeza...pelo menso percebo agora alguma hiperactividade...:)
O caminho em si tem sido um bocado desilusao...a tailandia ja era, agora e um pais desenvolvido e mesmo no famoso triangulo dourado vinha sempre acomapanhado de algum transito e confusao...e o que digo, por vezes parece uma enorme feira...nada que se compare com a pureza da birmania ou do laos...a paisagem e bonita, mas qd me lembro dos outros paises vizinhos da-me mais vontade de ir para o laos...se bem que fui sempe acompanhado po campos de arroz e grandes montanhas, mas ao lado passavam grandes jeeps e autocarros...
virei-me para as musicas, foram a fonte inspiracoa e de memorias...alguma q ouvi muitas vezes decidi aqui, as que encontrei...

http://www.youtube.com/watch?v=w6l8zrsf4LY muito muito boa

a primeira do dia: http://www.youtube.com/watch?v=SMvfAYEaE8c

sem duvida a mais ouvida hoje e muito adaptada, se bem que nao esta versao, a original
http://www.youtube.com/watch?v=xO0gSJGJ7Fs

http://www.youtube.com/watch?v=VxCM9dellRs outra ouvida vezes sem conta

:) impossivel nao ouvir muitas vezes http://www.youtube.com/watch?v=hDeeeXswsHk


http://www.youtube.com/watch?v=Hcg-6LCWuXo

http://www.youtube.com/watch?v=f_7Dz2PT1QQ

http://www.youtube.com/watch?v=hIkXK6rxt4c

http://www.youtube.com/watch?v=iF8kJvgp0_Q QUE MUSICA!!! D OUVIR E OUVIR

http://www.youtube.com/watch?v=RWzBgkOAJfc MUSICA PERIGOSA :)


Q MUSICA.....http://www.youtube.com/watch?v=-yNrHCwuOdI...TAO BOA...

http://www.youtube.com/watch?v=HNQdwN1SQ40 aprendam...eu nao duro sempre...

bem por hoje e tudo..o senhor do net cafe ja me olha de lado...:) acho q quer fechar...
vamos la ao jantar

Ate wing pa pao

11/10/2008

Wing pa pao fica a meio caminho entre chiang mai e chiang rai, que e o ultimo estino antes de entrar no laos...
Parti cedo, nao tanto como desejava pois o hotel nao tinha ninguem a trabalhar e precisava de pagar e principalmente de recuperar parte da roupa que tinha deixado a lavar e porque ao pequeno almoco tive mais uma conversa interessante com um ingles/canadiano/tailandes tantos foram os anos passados nestes paises que me perguntou se os media portugueses estavam a fazer alguma eportagem sobre a minha viagem...deu-me vontade de rir...
bem la parti...seriam 80 km...primeiro erro, os km so comecavam a contar depois de passar as portas da cidade...a 20 km do centro...
Paei pela primeia vez aos 40 km, num porque muito giro, com casinhas e ponte de madeira, po onde passava um pequeno rio...primeia cola e duas aguas uma para bebe e outra para reabastecer bicicleta.
ate aos 50 ja foi mais duro, comecaram as subidas, mas dos 50 aos 70 foi impressionante...digamos que os camioes tinham de ir em primeira e os carros em segunda...mas resisti...sempe em cima da bicicleta...parei duas ou tres vezes para beber, mas aguentei, acho que so o vitor (regua) sabe o que isto e e se calhar para ele nao e muito mas fogo!!custou...no cimo parei numas nascentes de agua quente, depois de passar por umas quedas de agua, onde comi um arroz com frango que nao estava mau nem bom mas era necessario..e e nao fose o peq almoco gigante nao si como teria sido...ha coisas que nao percebo, uma delas e o fascinio em todo lado onde passei por quedas de agua, ate em portugal, aquilo e apenas agua a cair...a maoria nem e bonita mas e sempe ponto de atracao turistica...bm como nascentes de agua quente...ests eram mais geisers, parecids com s fumarolas das furnas de s miguel, e como tal com o cheiro a enxofre e aquelas lamas cinzentas...tb aqui se cozinha algumas coisas e tambem milho como em s miguel...
qd cheguei aos 70 km penei em parar mas apartir dai melhorou e cheguei ao destino - wing pa pao.

estatisticas da viagem - 102 km, 6:30 em cima da bicicleta (acho eu), media de 16 km hora, vel max de 54 km hora, comecei nos 150 m de altitude e altitude max de 1150, 4 garafas de H2O, 5 coca colas, 3 chas gelados (meio litro cada copo) e dois cafes gelados (= cha), deve ter saido tudo pela transpiracao...ou quase tudo.

Nota - ao fim do dia, qd aparecem mais insectos, lembrei-me da quantidade de bichimos colados ao vidro do carro, percebi que agora o vidro da frente sou eu!


Wing pa pao...cheguei ja ao fim do dia e apenas tive tempo de um chuveiro de agua gelada, ir um bcdinho a net (nao estava a espera de encontrar) e comer. Qd cheguei ao hotel a dona do hotel ficou tao contente por me ver como eu por la chegar...foi mutuo..apesar de muito basico o quarto estava limpo... apesar das frinchas gigantes nao apareceam visitantes noturnos de 4 patas :), tinha alguam comida para o pq alm e tive esse receio...O ajntar ate foi agradavel, no mercado de comida da vila, depois e espreitar o que o pessoal estava a comer e conseguir apontar o que queria...ingles nem ve-lo passei aos gestos...
acabei a dormir cedo como uma pedra

Chiang mai

10/10/2008

Chiang mai
Cidade engracada sem ser encantadora, melhor q BKK mas ainda cidade grande, ou seja o que tento evitar. Fiz a primeira experiencia com a bicicleta e subi a um WAT (templo budista) que ficava no cimo de uma montanha...20 km a subir e correu bem. No inicio conheci uma holandesa simpatica que abndava a viajar a 3 anos (nao e assim tao aro por estes lados) mas a maioria de bicicleta ! isso sim ja e mais raro, fomos conversando enquanto pedalavamos ate nos separarmos (ela sabia que a subida ia comecar...) mas fiquei contente porque ela gostou bastante da bicicleta, tb tinha uma nova, e acho que preferiu a minha. Nao ha como holandeses para sr exigente com as bicicletas...ela mesmo o disse..A subida custou, aimda me cruzei com uns turistas de bicicleta de montanha alugada mas que ja iam a pe apos dois quilometros...e que aquilo subia mesmo...la em cima o habitual de quem ja conhece estas paragens, muitos monges, muitos budas, deitados, sentados, em pe, com mao assim ou assado e principalmente muitos turistas, impressionante, mesmo, comeco a achar que a tailandia e um gigante parque turistico, muito diferente da birmania ( a anos luz) e do laos para onde me dirijo. No cimo estive a fala portugues :) com um velhinho de cadeira de rodas, americano que tinha vivido no brasil e que veio ter comigo por me ter visto a subir de bicicleta...:)
o resto do dia sem grande interesse tirando ter conhecido um californiano simpatico ( a viajar ha um ano...) e um ingles, que depois de me verem foram a procura de lojas de bicicletas para fazeem o mesmo que eu...fiquei com o contacto deles ainda lhes vou mandar um mail, iam fazer o mesmo que eu, ou pelo menos ficaam cheios de ideias qd contei os meus planos...e verdade ha noite fui ao night bazar, o famoso, e realmente fiquei impressionado...se me sobrar tempo no fim, para fazer as compras de natal ainda venho de bangkok passar uma noite a chaing mai para preparar o natal...
foi isto o dia, pelo meio a boa comida os sumos de fruta, o vaguear sem destino pelas ruas parando nos templos, comversando um pouco aqui e ali...provavelmente pouco pois nesse dia dei por mim pela primeira vez a falar sozinho...e ainda por cima num restaurante! mas foi so..bem vou me levantar e vou para o hotel..., no fim da refeicao..e foi o que fiz

nota - as teclas do comp estao perras, nao tem acentos nem c com , ...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Primeira viagem...mas de comboio ainda

Finalmente comeco a serio a viagem! A primeira etapa foi desde o hotel ate a estacao. Comprada a bicicleta, utilizei pela segunda vez o GPS para chegar a estacao. Fiquei com a certeza que vou ter de deixar algumas coisas pelo caminho...tal como eu tinha previsto a velha mochila (eu disse que era melhor nao trazer...nao me dei ouvidos...), que apesar de meia desfeita, ja conhecia bem estas paragens; e os primeiros 2 livros. Deixar os livros custa mais que deixar a mochila....sempre sao do murakani...a sorte e que ja os tinha repetidos por isso ....Nao e que custe pedalar, a bicicleta e altamente e muito leve, simples, sem suspensao para nao haver avarias e sem travoes de disco porque no laos ninguem ia conseguir arranjar se tiver algum problema, mas robusta. O problema e o equilibrio, que tem de ser perfeito nas avenidas de 5 faixas de bangkok, com mais carros, motas, bicicletas e pessoas numa avenida que no porto inteiro. Na verdade a primeira dificuldade foi descer dois andares do hotel com a bicla montada...um filme...e que elvadores nem em sonhos existemt ainda por aqueles hoteis, nem hotel, guest house que e bem diferente. O peso era tt que a roda da frente quase levantava, e sem peso a frente e mais facil ela derrapar com o pneu da frente. La cheguei a estacao, e e sempre engracado entrar por la dentro de bicicleta. Fui comprar o bilhete para a bicicleta (90 bats +/- 2 euros) e ficou no vagao de carga, sempre com sorrisos de curiosidade de todo o povo...de rir!. Achar o lugar foi facil, e como pessoa de sorte q sou, tinha dois lugares para mim. Apos mostrar meia duzia de vezes o bilhete, o que demorava sempre algum tempo a encontrar...ou estava nos bolsos das calcas, ou na parte de cima da mochila, ou num dos bolsos...enfim.
Pouco depois de partir, chegou a ementa para a viagem...sim que aqui e assim, nao e como na cp que tem um bar rafado com sandes de ontem. Tinha 5 pratos diferentes, e dentro dos pratos cado um com 8 variedades de acompanhamentos diferentes...e para o pequeno almoco, 5 menus diferentes tb...um luxo. Da primeira vez q andei num comboio na tailandia com medo do desconhecido nao pedi o jantar e comi umas bolachas...mas agora ja sei...galinha com molho de ostra+ galinha com folhas de basil, sopa e de sobremesa duas rodelas de ananas! uma delicia. Pouco depois virem fazer a cama, e fiquei com uma cama muito confortavel, muito limpa...mas sem sono...la tive de comecar 3 livro....Mario Vargas LLosa - O Paraiso na outra esquina. Muito bom, mesmo, devia ser lido por muita gente que conheco. Tb nao era de esperar outra coisa, todos os livros que me foram oferecidos pela Margarida (tia) sao bons, como literatura tem sido a pessoa que se calhar tem acertado mais vezes e espero sempre pelos anos para receber outro e muitas vezes conhecer novos escritores. Gosto imenso de ler, mas sou exigente e nao percebo como se perde tempo a ler maus livros com tt livros bons por ler...Tb nao gosto qd os livros me tentam ensinar coisas sem me permitir descobri-las...bem chega de livros. Depois do pequeno almoco Chiang Mai!! e a foto da praxe na estacao montado na bicicleta!! Depois fui buscar um mapa, esta e primeira vez que ando sem guia, imaginem um turista na tailandia sem lonely planet! meus deus devo passar por louco aqui...mas pronto escolhi uma zona que parecia ter muitos hoteis e pus-me ao caminho...acabei por encontrar uma casinha com um patio, com uns quartos muito agradaveis por cima e supermercado mini ao lado e tudo por 120 bats! claro que essas coisas de agua quente, A/c, nao existe mas e mais q aceitavel..e banho de agua fria so faz bem e tenho q me habituar...Depois do banho, de descer e beber um cha quente, de ver o mapa, quando vou a sair na bicicleta carga de agua tropical, daquelas que varrem as ruas mas demoram 5 minutos...
resto do dia foi passado a percorrer as ruas e visitar os templos da zona, conversar com meia duzia de monges (...ja nao posso ouvir falar do ronaldo..ate aqui..., mas tirando isso e interessante- estive a falar com um monge (ou novico, nao percebi bem, de 24 anos em espanhol, frances, um bocadinho de italiano, ingles e ele ainda sabia mais umas linguas, sabia mais de Portugal q alguns portugueses..pelo menso sabia onde era a capital, qual a segunda cidade, o pais vizinho, e que tinhamos andado a navegar..nao percebia era porque tt energia a navegar por especiarias...), beber uma cola volta e meia e conversar com os turistas da mesa ao lado, tirar umas fotos...essas coisas..mas isto dos templos e um bocadinho tudo igual, principalmente se for na cidade...(tenho q sair das grandes cidades) fim do dia com comidinha boa mas que me fez quase chorar de picante. amanha devo ficar por aqui para andar a volta da cidade, passeios curtos para depois me por a caminho do laos e para ver o mercado da noite..hoje estou estafado..nao dormi e andei o dia todo e era ou isso ou escrever isto...vou devagar sem pressas, sem horarios, sem dar satisfacoes...e agora termina o dia...
Tenho lido os comentarios :), continuem...apesar q daqui para a frente o acesso a net tv va ser menos frequente, enquanto na tailandia ok, no laos logo verei.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Bongkok

Cheguei!

Apos quase 11 horas apertado dentro de um aviao, cheguei finalmente a Bangkok...:)
Voltei a sentir o bafo quente e humido que nos deixa a roupa colada ao corpo, mas ao qual nos vamos habituando a tolerar, a custa de muitos sumos de fruta. Voltei a sentir outra vez o sorriso dos tailandeses, como se ja fosse uma pessoa conhecida da cidade, talvez ja me conhecam das outras visitas...pelas minhas contas ja vou na quarta...
Bangkok continua cheia de gente, de barulho, confusao, com engarrafamentos, fumo, poluicao...voltei a ver as pessoas a andar na rua com mascara, e voltei a ver o que ainda so vi aqui - os engarrafamentos dos elevadores nos arranha ceus...A cidade e uma mistura do extremamente moderno e do passado...por entre os predios encontra,-se pequenos templos resguardados, cafes retirados da confusao, virados para o rio, onde rapidamente se recua no tempo...As ruas perto do hotel continuam repletas de vida, pelas ruas estao espalhadas tacas cheias de agua e grandes com nenufares em flor e pequenos peixinhos coloridos, que juntamente com as orquideas espalhadas por todas as janelas e varandas tornam esta cidade unica...volta e meia no meio da confusao, por cima dos cabos electricos um esquilo atravessa a rua :),
Khao san continua igual, frenetica, cheia de novidades, barulho musica, movimento, phad thai, spring roll e panquecas, sumos de tangerina fescos e muitos turistas que espero nao voltar a ver tao cedo, roupa de todos os estilos e tudo mais que se possa imaginar...pode-se viver sem sair desta rua e acho q e isso que fazem a maioria dos turistas, que aqui chegam, com o unico destino as famosas praias...
Este e o meu segundo dia...mais tarde vou buscar a bicicleta (Cannondale Q4) e amanha parto para chiang mai. Sinto que vai comecar e se calhar comeco por ai, ou apanho outro transporte ate norte de laos ...mas queria evitar ao maximo os trasnportes de autocarro, mas devo demorar pelo menos dois dias de chiang mai ate a fronteira...tenho q ver melhor o mapa...
Ate...