sábado, 22 de novembro de 2008

Pakse - Champasak

Pelo guia eram 50 km. Tudo aqui fica ao longo da estrada por isso ia sem prestar atencao ao mapa, a pensar qd me estiver a aproximar vej melhor. 50 km num dia nao e muito, e bastante acessivel por isso parti tarde e sem preocupacoes...qd ja tinha feito 50 km comecei a ver melhor o mapa.... bem nem podem imaginar o erro...tinha de ter virado no km 30 e ja ia no 54...tinha de voltar a fazer o caminho quase todo no sentido inverso...o que deveria ser apenas 50 km transformou-se em 90!!! muito diferente em cima de uma bicla!
Champasak fica numa ilha no sul do laos, uma ilha no mekong. A maior atracao saoos templos, principalmente um grande complexo da altura dos kmers, ou seja da mesma epoca dos tempos de angkor vat e em tudo semelhante. Nao tem a imponencia de angkor mas mesmo assim e muito bonito e interessante e valeu a pena ter ido la. era suposto ficar so um dia, mas como no primeiro cheguei demasiado tarde decidi ficar dois dias para ver o templo com calma. O resto do dia foi passado a ler com um sumo de fruta na mao (varios sumos de fruta) e um bom livro - Tres Chavenas de Cha - Muito muito bom, mas com um problema. O livro foi comprado aqui em segunda mao, em ingles (depois de dois meses ja penso em ingles e tudo por isso sem problema) mas alem de nas ultimas paginas ter uns comentarios idiotas feitos por alguem, esse mesmo idiota arrancou as duas ultimas paginas do Livro!!!!
No dia seguinte, voltei a encontrar alguns turistas conhecidos, um casal de alemaes antes do pequeno almoco que me disseram que o anui estava por la e que estava a ver se me encontrava para fazer-mos a viagem ate as ilhas juntos. Perfeito pensei, vou variar do Ipod. La o encontrei e partimos ainda eram oito. O inicio foi muito bom para mim, estou em forma e ele notou isso hehe e eu como ando sempre sozinho nao noto, ele como tem andado com mais gente notou...isso fez-me sentir mesmo muito bem. Pelo caminho encontramos um grande grupo de cicloturistas numa viagem organizada, ingleses e mesmo assim simpaticos :) e sem querer iamos, iamos nao, provocamos um acidente, eu perguntei se ele queria parar para beber, ele travaou ligeiramente, a mulher que ia ao lado dele travou a fundo e derrapou mas aguentou-se, mas o ciclista que ia atras dela albarroou-a completamente, espalharam-se na estrada mas sem problema...mas haviam de ver estavamos numa aldeia, e o pessoal ao ver um falang a cair desatou a rir, riu-se a aldeia como uns perdidos...O restodo caminho eu ja me sentia mais cansado e fomos ao mesmo ritmo, mas sempre rapido, media de 22 km/h o que significa com as paragens e alturas que temos de abrandar por algum motivo que iamos sempre acima de 25km/h muito bom mesmo. O almoco foi dos melhores. Km sem ver ninguem e derrepente um barraco, decidi parar e estavam 3 turistas, dois americanos e um espanhol que tinham pedido boleia e estavam a almocar com o pessoal que lhes tinha dado boleia. Eram do Laos mas com dinheiro e um bom carro, tinham um filho a estudar nos estados unidos na mesma terra do americano...coincidencias...o espanhol era de vigo e chamava-se carlos...o almoco foi de borla, carne, arroz, e cerveja e depois de cheios...estavamos esfomeados patimos novamente. A viagem custou, foi outra vez 120 km...(ja estou em 1900 e qq coisa) mas compensou...cheguei ao paraiso...ou perto disso, mas cheguei apenas ontem e ainda sao nove da manha pelo que ainda nao deu para ter uma ideia muito certa. Estou em Don Det, uma das ilhas do mekong, na zona conhecida por 4000 ilhas. O meu quarto custa 1,2 euros, e e apenas uma cama e um mosquiteiro, mas tem varanda e cama de rede. Fica em cima do rio que e onde tomo banho. Em frente, do outro lado um templo no meio de coqueiros...acho que descobri outro dos paraisos, que vou conhecendo enquanto viajo e vou ficar aqui uns dias...depois se vera.

Cara conceicao ha algumas coisas importantes trazer para o Laos. Primeiro alguma paciencia e um sorriso, resolve quase tudo. E imprescindivel ter uma lanterna, medicacao basica como anti inflamatorio, analgesico, desinfectante, medicacao para enjoos, e claro profilaxia contra a malaria. Quem usar lentes de contacto tb nao as vai encontrar aqui (mas encontra em BKK mais baratas).Toalha tb e preciso porque alguns locais so tem acomodacao muito basica e pode faltar e or isso saco cama tambem. uma mulher tem de trazer tudo o que precisa que aqui nao ha muitas disponibilidade. Sitios imprescindiveis depende do objectivo. Tribos e no norte, Em Luang Nan Tha e principalmente na terra que eu referi numa das mensagens. Culturalmente o High Light e Luang Prabang, nao so do laos como do sudueste asiatico. A capital e agradavel mas nao fabulosa. Para relaxar nada melhor que onde estou, don det e veng vieng no norte. O resto e descobrir.
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW
Laos 2008 RAW

Tat Lo - Pakse

De volta ao Blogue :)

Da ultima vez que escrevi estava em Tat Lo...foi um dos sitios mais agradaveis onde estive. O dia da partida comecou cedo, eram 7 horas e ja estava em cima da bicla a pedalar pelo planalto do sul do laos. Ainda nao tinha decido onde ia, ou continuar pelo planalto ou voltar a pakse. Decidi continuar no planalto e se chegasse muito cedo a vila que queria pensava se continuava ou nao. O caminho foi muito engracado. Depois dos primeiros 10 km entrei por uma "estrada" de terra batida...mais uma vez a subir. Nao passava ninguem, mas tive encontros fabulosos...a priemira pessoa que encontrei foi um cacador com uma daquelas espingardas do seculo passado, mas do principio do seculo...fartou-se de rir qd me viu a transpirar numa interminavel subida como retaliacao tirei-lhe uma foto em que ele fez questao de se arranjar primeiro, endireitar a roupa e ficou maravilhado por se ver no visor da maquina...:)...o segundo encontro ainda foi mais bizarro...2 casais de holandeses, todos com mais de 65 anos, a descer mesma estrada de bicicleta....uma das bicicletas era daquelas tandem, com dois lugares...fiquei com uma certa inveja...estivemos um bocado a conversa e eles seguiram e eu tambem...o terceiro encontro foi uma mulher sozinha no meio do nada, com uma crianca pela mao, e a dar de mamar a um bebe e com duas grandes flores em cada mao...tentei tirar uma foto depois de lhe pedir, mas nao ficou grande coisa como foto, vale pelo momento. O terceiro encontro foi numa aldeia, com um grupo de mulheres a fumar de um cachimbo de agua feito em bamboo, foi girissimo, chamaram-me tirei fotos, experimentei a coisa e elas tiram-me fotos a mim...alias todoas as fotos que tenho minhas foram tiradas por "locais" depois de insistir que pegassem na maquina e nao tivessem medo...adoram tirar fotos e acabam por comecar a tirar uns aos outros...o quarto encontro numa estrada de 20 km foi numa escola onde estavam a jogar futebol e claro, qd souberam que era do pais do ronaldo e do figo tive que ir dar uns chutos na bola e marcar uns penaltis ... em grande estilo diga-se...:)...quando a estrada de terra terminou, terminou tb a parte mais engracada da viagem..a paisagem continuava bonita, cafe muito cafe, mas a estrada tb continuava a subir. O almoco foi op habitual nestas paragens...bananas, uns bolos chineses fora de prazo, cafe com leite e o que se pode arranjar...sempre que paro sou rodeado de miudos, e as vezes nao tao miudos fascinados com a bicicleta, a maquina e com o meu ar diferente deles, apesar de por estas bandas serem bem mais frequentes os falangs. A estrada era boa e raidamente cheguei a paksong. Depois de tantas subidas consigo andar muito depressa em piso plano, acima de 30 km/h habitualmente o que me faz sentir bem. Cheguei a Pksong, capital do cafe da zona, mas com pouco mais que cafe. Ainda era cedo. Sabia que para pakse tinha de ser a descer depois de tanta subida no sentido inverso e fiz-me a estrada. Estava embrenhado na musica que saia do Ipod, nos pensamentos bons e nem por isso e o que queria mesmo era fazer como numa musica " eu quero e correr mundo, correr perigo.." e continuei...parei mais uma vez numa das mais famosas quedas de agua do laos, mas como vos digo para mim quedas de agua nao passam de agua a cair e nao lhes acho muita piada, apesar de reconhecer que era bonita. Depois da queda de agua de comer e de tomar uma malga de cafe fresco meti o turdo e la fui eu ate Pakse, sempre sempre a descer, passando das plantacoes de cafe para de cha e depois para as ja habituais bananeiras e frutos tropicais...chegeui a Pakse as 4 horas depois de outra etapa de 120 km. No fim sentia-me bem, parei no meu restaurante indiano para uma nan de alho (delicia, que coisa boa..) duas chamussas e uma beer Lao como nao podia deixar de ser. Tentei o hotel da ultima vez mas so tinham quartos caros...estava cheio disse o dono. Qd ia a sair o empregado chegou-se a mim e disse-me...a uns ingleses que saem as oito da noite, se esperares ate la arranjo-te o quarto para hoje, mas nao digas ao patrao, ele vai ja sair. Nao podia recusar...:) fui a net por umas fotos e levantar dinheiro. Qd estava no multibanco reparei num turista sorridente a olhar para a bicla, mas nao liguei muito. Qd sai veio falar comigo entusiasticamente, como so os espanhois sabem. E o Anui, de Bilbaso. basco com orgulho que tambem anda a viajar de bicla. Qd soube que era portugues..." somos irmanos hombre!" juntou-se o estar-mos os dois de bicla com o sermos ibericos e ficou logo combinado jantar. com0 nao podia deixar de ser! As coincidencias nao acabaram, eu cheguei a BKK dia 7 de Out. Ele chegou dia 6. Comecei a pedalar em chiang mai, ele tambem. O trajecto foi quase o mesmo, e ambos estavamos a caminho do sul. Durante o jantar e ate hoje esta sempre a tentar-me convencer a ir ter com ele e pequim em Maio para fazermos a travessia da asia com tenda ate casa ... ja esteve mais longe de conseguir.....:)