sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Don Det - Don Daeng

A viagem ia ser uma repeticao mas em sentido contrario. Don Daeng e outra ilha mas que fica em frente a Champassac, ja perto de pakse onde espero apanhar o aviao para banguecoque (com as recentes confusoes so posso dizer espero). Tudo parecia bem, tinha chuvido um dia e o tempo estava bom e o unico problema era a falta de musica (sem lectrecidade nao deu para carregar). Sabia que tinha pela frente 120 km mas que a estrada era boa. A estrada continuava boa, mas o vento nao parou o caminho todo, sempre contra, o vento no sentido norte sul e eu sul norte. Foi mais uma vez duro, mas sabia que tinha um fim e tinha um objectivo, passar os 2000 km. Ja vou em 2100 ! AInda cedo cheguei ao porto onde estavam os barcos para champassac, mas estava cansado. A media na bicla tinha sido boa (19,5 km/h) mas foi sempre a custa de um grande esforco porque o vento nunca parou. Perguntei por um barco para Don Daeng e disseram-me para ir paraoutro porto mais pequeno a 50 metros. Voltei a perguntar varias veze se pouco depois estava num barco. Sabia que Don Daeng seria a ilha mais basica apenas com um hotel caro (100 dolors por noite) e uma community guest house, uma casa comunitaria para turistas. Sabia que qd chegasse tinha que ir para norte e para o outro lado da ilha. Fui ter a um porto pequeno e pus-me a caminho, para norte. Andei andei e nada. Ninguem falava ingles, o dia estava a terminar, e para alem dos 120 ja tinha feito quase mais 20, fazendo 140...queria descansar e um banho. A unica pessoa com quem consegui comunicar (arranjei um livro com umas frases em lao para mostrar nestas situacoes) apenas dizia para voltar para traz. So depois percebi, se em vez de virar para norte tivesse virado para sul, percebia que estava em champassac que ja conhecia e nao em Don Daeng!! Tinha muitas guest houses e retaurantes e nao precisava de ter feito os ultimos 20 km, mas a verdade e que ir por aquele caminho foi das melhores coisas que fiz, era mesmo muito bonito. Asseguir foi banho comer e dormir, ate ao dia seguinte. O dia seguinte ainda tinha mais vento. Tanto que depois de mandar o meu primeiro mail, a ilha ficou sem energia electrica (acho que caiu um poste) e eu sem net. Consegui um barco para Don Daeng. Chegue-se a uma praia de areia banca, areia fina que com o vento me deixou cheio de po. Depois de empurrar a bicicleta cheguei a estrada que procurava no dia anterior ate a primeira aldeia. Depois foi tentar arranjar alguem que coseguisse falar qq coisa de ingles ate que apareceu o responsavel pela casa comunitaria. Era mesmo basica, colchao no chao, lencol, cobertor que fica frio e mosquiteiro. Casa de banho la fora e uma estrutura de madeira para as refeicoes. Tinha dois quartos grandes, um para homens e outro para mulheres. Eu era o unico. Alias ao passear pela ilha ( a bicicleta e m,esmo muito util) parecia mesmo que era o primeiro. A ilha era mesmo bonita, tudo funcionava, ou parecia. As casas eram em madeira, mas grandes, com jardins, com flores, animais apenas de estimacao bem cuidados, hortas familiares, criancas a brincar, escola a funcionar com centenas de alunos a sair ao fim do dia de uniforme e bicicleta, as raparigas com guarda chuva colorido a protejer do sal, templos em todas as aldeias e algumas motas. Aqui naos ha carros apenas poucas motas, a estrada tem um metro de largura nos locais mais largos. A ilha tem 8 por 6 km. E outro paraiso perdido, a meio dia de bangkok, de vientiena, perto do cambodja e do vietnam. (Conheci um frances em champassac que tinha alugado uma casa e ia para la morar, trabalhava via net e a mulher ia abrir uma casa de massagens...fiquei com uma certa inveja...). Estava apenas eu, quando voltei a "casa" estava cheio de roupas ocidentais a secar e o "meu quarto" tinha mais 3 camas. Pouco depois encontrei um ocidental caminhar. Parei para conversar e ele era americano e um pouco estranho por isso segui caminho. As seis estava combinado jantar e as seia eu estava la. Pouco depois chegou um grupo grande, um casal de australianos, umcasal de irlandeses muito simpatico, e 4 raparigas, 2 austriacas simpaticas e 2 belgas muito muito simpaticas. Vinham a fazer canoagem desde pakse com dois guias claro e no dia seguinte iam a champassac e ficavam ali a dormir. Como faziam aprte de uma actividade organizada tinham para alem da comida tambem cerveja ja paga. Era tudo boa gente menos o americano. Ninguem conseguia estabelecer um dialogo com a criatura e ele era mesmo mal educado ate ter ficado todo o jantar sem dizer uma palavra levantar-se e ir dormir sem dizer nada, que e sempre estranho qd se esta onde se estava: numa casa de madeira, numa praia numa ilha no mekong, com as unicas pessoas com quem podia comunicar e as unicas pessoas que estavam por la, mas tudo bem. E claro que o resto ficou ate mais tarde, na conversa a brindar com os guias, a espera que os guias fossem dormir para atacar a grade das cervejas, a rir e contar historias. Eu fui o ultimo a ir deitar. O pessoal deve ter feito muito barulho porque qd so estava eu vejo o americano irritadisimno no restaurante, sozinho a barafustar....foi dormir para o templo...qd soube disso tive uma vontade de rir...bem historias que infelizmente estao a acabar.

4 comentários:

Maria disse...

A viagem a chegar ao fim...
Evita a Tailândia no teu regresso. A situação não está estável.
Beijinhos muitos

Rúben Lima disse...

Essas histórias todas estão, como dizes e bem, a acabar. Mas sem dúvida que ficarão para sempre na tua e nas nossas memórias.
Bom regresso amigo e tem cuidado que, como viste pelas notícias que te enviei, a coisa está meio complicada para esses lados!
Grande abraço

Rúben

Anónimo disse...

Carlos:
Já falta pouco...força para a última etapa da viagem!
Beijos e saudades dos teus Pais

Stef disse...

As belgas são uma simpatia. Boa viagem de regresso. Não sei se conseguirás evitar a Tailandia. Mas convinha...
Grd Ab